A proposta deste blog é disseminar em Português informação atualizada sobre a resistência do povo líbio e do seu governo legítimo contra a agressão movida pela OTAN e seus aliados.
São poucas as fontes disponíveis. A OTAN destruiu as emissoras de rádio e televisão líbias para poder ocultar os seus crimes. Mas os moradores das cidades sitiadas conseguem passar alguns depoimentos e vídeos curtos.
Leonor Massanet, de Alicante, Espanha, conhece a Líbia há muitos anos, morou lá e declara-se apaixonada pelo país. Tem muitos contatos dentro da Líbia, cidadãos que informam o que presenciam para o seu blog leonorenlibia.blogspot.com. Tem também http://leonorenlibya.wordpress.com e http://www.leonorenlibia.com, com muitos vídeos e artigos.
O site Mathaba, desde sempre defensor da Jamarihia Líbia e do Livro Verde de Kadafi, também divulga depoimentos e vídeos que recebe diretamente de militantes da Resistência, que também aparecem em ozyism.blogspot.com, em Inglês.
Ilya Korenev, consultor do exército líbio, ex-oficial russo, às vezes envia para Argumenty.ru, diretamente da frente de combate, análises e comentários da situação militar.
A Telesur da Venezuela mantém um reporter na Líbia, mas na área sob controle dos "rebeldes", de onde obtém informações indiretas da ação da resistência, assim como o telejornal russo RT (Russia Today).
O governo líbio tem divulgado seus comunicados através da Al Rai, pequena emissora particular de televisão na Síria. Houve momentos em que Kadafi, para transmitir suas mensagens, teve de recorrer a amigos pessoais como o campeão mundial de xadrez Kirsan Ilyumzhinov. Agora já existe a Agência de Noticias da Resistência Líbia, com o site http://resistencialibia.info em Espanhol.
Com base nessas informações, elabora-se um panorama da guerra muito diferente daquele pintado pelos meios de comunicação do Imperialismo, que afirmam que toda a Líbia está tranqüila e sob autoridade do CNT (Conselho Nacional de Transição, pretenso governo rebelde), exceto 3 cidades, Sirte, Saba e Bani Walid, que ainda não se submeteram somente pela teimosia de alguns "apoiadores de Kadafi".
Mas parece que, na verdade, o povo e o exército líbios recobraram-se militarmente da desastrosa queda de Tripoli, e vêm derrotando os "rebeldes" em todas as frentes, e só não os expulsaram definitivamente porque a OTAN os protege com as suas aeronaves. Mais de 50.000 pessoas do povo foram mortas nos bombardeios e nos combates, mas os sobreviventes continuam a se organizar e lutar, dispostos ao martírio, como se diz no Islã. Porém confiantes na vitória.
Essa confiança é desconcertante. Não é crível que uma nação com apenas seis milhões de habitantes prevaleça sobre o poderio combinado das potências mais agressivas do Planeta. No entanto, os "rebeldes" se desesperam, a OTAN não concebe estratégia mais produtiva do que arrasar quarteirões residenciais sem interesse militar, e o CNT não chega a um acordo para a composição do seu governo. Aliás os líderes das hordas "rebeldes", notórios terroristas da Al Qaeda do Magreb, recusam-se a obedecer ao CNT. De fato, é problemático reconhecer a autoridade de um governo que nem mesmo consegue investigar o assassinato de seu ministro da Defesa por um grupo armado teoricamente sob seu comando. Tampouco consegue se estabelecer na capital do país, um mês depois de tomada, "por falta de segurança".
É que não é fácil derrotar um povo armado, organizado e disposto E em toda a Líbia, inclusive em Bengasi, a capital dos "rebeldes", o povo, cansado de ser massacrado por esses marginais fundamentalistas e pelos estrangeiros, engaja-se cada vez mais na Resistência comandada por Kadafi, que em seus discursos tem prometido a vitória. E quem acompanha essa guerra desde o começo sabe que ele, ao contrário dos seus inimigos, nunca mentiu.
A vitória dos líbios é necessária para Humanidade. É preciso lutar para reverter a degradação da convivência internacional, pois abriram-se precedentes inquietantes demais, com a transgressão dos princípios mais elementares do Direito, e com respaldo total dos grandes meios de comunicação de massa e do Secretário Geral da ONU. Se a Jamarihia for derrotada, pode-se prever uma escalada de agressões contra quaisquer países e populações sem meios de retaliação, entenda-se tecnologia militar de ponta, entenda-se também armas nucleares. Pode-se prever que todo país rico em recursos naturais terá que se empenhar em defendê-los desenvolvendo sua capacidade dissuasória. Pode-se também prever como tudo isso acabará.
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