quarta-feira, 22 de novembro de 2017

SOBRE ESCRAVIDÃO NA LÍBIA

Uma Mensagem para nossos Irmãos e Irmãs
na África e na Diáspora

"Esta carta é dirigida aos nossos irmãos, dirigentes e habitantes dos países da África subsaariana, que são caracterizados pela pele escura.

Houve muitas reações e declarações de líderes, políticos, organizações e instituições africanos após uma investigação publicada pelo canal CNN relatando que existem mercados para a venda de africanos de pele escura na Líbia.

Ninguém parou para questionar a validade dessa reportagem, e onde é o mercado? Quando isso aconteceu? Onde estão os alegados escravos?

Ninguém perguntou como a emissora chegou ao suposto mercado, e como foi possível filmar o 'leilão'? Qual é o propósito do canal americano para transmitir um programa como esse que distorce a imagem de um povo inteiro e o acusa de cometer um crime hediondo, inaceitável para uma mente razoável e contrário a toda lógica?

Podemos encontrar explicações e motivos, para uma emissora dos EUA com propósitos escusos de fomentar a desunião e instigar sedições.

Como resposta às vozes e forças que vêem nisso uma oportunidade de falsificar os fatos e de minimizar as conquistas do povo da Líbia lado a lado com seus irmãos e irmãs africanos nos tempos de ouro da Revolução al-Fateh, cabe esclarecer alguns pontos:

1. A Líbia, como vocês sabem, foi seqüestrada desde o outono de 2011, e seus recursos estão sendo controlados por gangues criminosas que foram habilitadas pela máquina de guerra ocidental da OTAN, depois de destruir os fundamentos do estado.

2. A Líbia era a sede dos movimentos de libertação, que treinou, armou e equipou milhares de jovens nas regiões do sul da África, da Rodésia, da África do Sul, da Namíbia, de Moçambique, da Zâmbia e de Angola, o que lhes permitiu retornar com plena capacidade militar, com conselheiros líbios para lutar nas batalhas pela libertação.

3. A Líbia ofereceu apoio total à luta de Amílcar Cabral na Guiné Bissau e em Cabo Verde, e enviou oficiais líbios como voluntários para lutar ao lado dele, alguns dos quais ainda são testemunhas vivas entre nós.

4. A Líbia deu apoio absoluto aos regimes revolucionários e progressistas nos países africanos a buscar a libertação do imperialismo e do neocolonialismo no Congo, Gana, Burkina Faso, Chade e outros.

5. A Líbia sozinha resistiu ao processo de Barcelona, ​​que tinha como objetivo a separação dos povos de pele clara no norte do Continente, ligando-os ao Mediterrâneo na chamada 'Organização do Mediterrâneo', e criou o CEN-SAD em resposta ao processo de Barcelona, para provar a unidade do continente africano.

6. A Líbia batalhou pela unificação do Continente e pela afirmação de sua liberdade, identidade e dignidade, impulsionando a criação da União Africana.

7. A Líbia abraçou os movimentos de oposição política africana, apoiando seus programas e encaminhando muitos de seus líderes ao poder.

8. A Líbia representou a luta pela paz, desenvolvimento e construção, ainda em curso. Convocou dezenas de encontros, organizou dezenas de iniciativas de mediação e reconciliação. Também investiu enormes somas em importantes projetos de desenvolvimento na maioria dos países do Continente.

Podemos continuar com mais detalhes, mas queremos dizer-lhes e ao Mundo que seus irmãos e irmãs líbios não podem aceitar se desassociar de seu continente, não importa o quanto tentem os inimigos da África."

Dr. Salem Zubeidy

Movimento dos Comités Revolucionários da Líbia

Publicado por INTERNATIONALIST 360 ° em 21 de novembro de 2017

https://libya360.wordpress.com/2017/11/21/libyan-revolutionary-committees-movement-a-message-to-our-brothers-and-sisters-in-africa-and-the-diaspora/

https://libya360.files.wordpress.com/2017/01/screenshot-www-youtube-com-2016-11-06-16-43-03.png?w=1000
Tribos do Sul da Líbia em manifestação em apoio a Saif Al Islam Kadafi, janeiro de 2017


https://i1.wp.com/www.aljazeera.com/mritems/Images/2011/8/26/2011826192417932734_8.jpg
Muammar Kadafi, Fórum dos Reis da África


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Mulheres valentes da Líbia



Tuaregues da Líbia

https://libya360.files.wordpress.com/2013/12/mandela-gaddafi.jpg?w=1000
Kadafi e Mandela


https://africafeeds.com/wp-content/uploads/2017/08/mugabe-and-gaddafi.jpg
Kadafi e Mugabe



Declaração sobre a cobertura da mídia do tráfico de escravos na Líbia

Publicado por INTERNATIONALIST 360 ° em 21 de novembro de 2017

Tradução não oficial - Declaração oficial em árabe


O Movimento Popular Nacional da Líbia

Sobre a cobertura da mídia do tráfico de escravos na Líbia

O Movimento Nacional do Povo da Líbia (LPNM) acompanha as recentes notícias sobre a venda e compra de seres humanos nas regiões do sul e oeste, o grande alarme dos líderes dos países africanos e a ameaça de intervenção militar direta, bem como manifestações diante das embaixadas do Governo de Reconciliação Nacional da Líbia nos países ocidentais.

O Movimento denuncia à opinião pública que esse crime reflete a degeneração moral e política da Líbia. A comunidade internacional é culpada de transformar a Líbia de um estado seguro e estável em um estado falido, uma incubadora de terrorismo e um mercado de escravos. O comércio de migrantes é resultado da intervenção e da agressão de 2011 e da derrubada da Jamahiriya, e essa calamidade permitiu que terroristas e criminosos controlassem o país. A Líbia tornou-se sede do terrorismo e das gangues criminosas envolvidas no tráfico de seres humanos. Tudo isso aconteceu sob a tutela internacional do Conselho de Segurança. Antes de 2011, sob a liderança revolucionária da Líbia, a nação era uma força preeminente na promocão do desenvolvimento africano, da independência africana, e a Líbia contribuiu diretamente para a libertação dos africanos da escravidão, do racismo, da exploração, da pobreza e da privação social.

O Movimento Nacional do Povo da Líbia lembra as práticas racistas do Ocidente contra a África e os africanos, que é a principal causa do sofrimento dos africanos hoje.

O Movimento imputa o Conselho Presidencial do chamado Governo da Reconciliação, suas instituições e suas milícias, plenamente responsáveis ​​por suas violações dos direitos humanos e crimes contra a Humanidade, que incluem o tráfico de seres humanos, bem como a máfia européia que gerencia e financia o deslocamento dos africanos.

O Movimento lembra que os cidadãos líbios estão sujeitos a operações repressivas diante dos olhos do mundo, e talvez a pior delas seja a extorsão das famílias dos abduzidos.

O Movimento exorta a comunidade internacional e o Tribunal Penal Internacional a tratar deste caso e processar os órgãos locais e internacionais, indivíduos e organizações envolvidos nesses crimes hediondos, que trazem à memória lembranças dolorosas da escravidão e servidão do passado.

O Movimento renova sua solidariedade com aqueles que defendem os direitos humanos e exorta os países africanos a assumirem suas responsabilidades em relação aos seus cidadãos.

O Movimento apela aos países africanos para ajudar o povo líbio a se livrar da trama imperialista para que os líbios possam restaurar uma nação africana capaz de cumprir seus compromissos com seus irmãos africanos.

Liberdade para a pátria e soberania das pessoas.

Movimento Popular Nacional da Líbia

Emitido na cidade de Benghazi na terça-feira, 21/11/2017





Atualização - 26/11/2017

Artigo de Joanne Moriarty (publicado em 25/11/2017)


"Para que toda pessoa que ler este artigo entenda claramente ..."

AS NOTÍCIAS SOBRE A ESCRAVIDÃO NA LÍBIA
SÃO MENTIRAS

"As Grandes Tribos da Líbia confirmaram-me pessoalmente que as histórias da escravatura da Líbia são falsas. As fotos e os vídeos são velhos e reeditados. Eu sei que isso é verdade porque eu tenho algumas fotos e vídeos em meus arquivos a partir de 2011. Como os sionistas não têm Ghadafi para caluniar, eles agora estão tentando suscitar ódio contra a Líbia novamente - acusando os líbios de fazerem o que os seus próprio mercenários fizeram em 2011.

Na invasão e destruição de 2011 da Líbia pelos sionistas da Nova Ordem Mundial, mais de 250 mil mercenários islâmicos radicais foram trazidos para a Líbia por Clinton e Obama usando a OTAN como seu exército testa-de-ferro para ajudar nos hediondos crimes cometidos contra o povo líbio inocente. No topo da lista de crimes contra a Humanidade estava a tentativa de limpar etnicamente a Líbia de todas as pessoas de pele escura. Os mercenários criminais apoiados por Clinton / Obama / McCain / Sarkozy e outros não fizeram nenhum mistério sobre suas intenções, e isso foi relatado em várias publicações.

Na Líbia, cerca de 30% da população é de pele escura. Estes são cidadãos líbios, não mercenários, nem refugiados. Durante o ataque ilegal de 2011 na Líbia, 5 cidades negras da Líbia foram arrasadas pelos mercenários da OTAN. As pessoas que viviam nessas cidades foram mortas ou forçadas a viver em horríveis condições em miseráveis campos ​​improvisados. Tenho a prova disso, tenho fotos das fossas comuns dos corpos, na maioria negros, na Líbia. Há mais de 128 dessas sepulturas em massa. Os criminosos responsáveis ​​por isso são a ONU, os imperialistas ocidentais (EUA, Reino Unido, França e outros que se juntaram aos bombardeios mortais de inocentes em 2011), Israel, Wahabistas da Arábia Saudita, Qatar e Turquia. Mas os criminosos que estão no topo são a máfia kazariana, os malvados banqueiros Rothschild que controlam o complexo industrial militar usando seu papel higiênico fiat [dólar, sem lastro] e aproveitam os lucros de ambos os lados de qualquer conflito.

Na Líbia hoje, as pessoas sofrem terrivelmente nas mãos dos marionetes dos sionistas da ONU. Esses criminosos destruíram a Líbia além do bombardeio e destruição de 2011. Eles roubaram os recursos da Líbia, destruíram (intencionalmente) o valor do dinar líbio (antes de 2011 era 1,35 dinar por 1 dólar americano, agora é 8 dinares por 1 Dólar americano). Há pouca comida, nenhum remédio, a água é restrita, a eletricidade sempre falta, nenhum emprego, e bandidos armados percorrem as ruas. O governo de marionetes das Nações Unidas que foi levado à Líbia sem voto e sem o apoio do povo líbio não faz absolutamente nada para ajudar as pessoas. Não existe um governo, só há roubo. Recentemente, Serraj, o chefe criminal das marionetes das Nações Unidas roubou 50 milhões de dinares e deu a um líder da milícia terrorista, subornando-o para atacar a tribo Wershaffana em Trípoli. A tribo Wershaffana é a 2ª maior tribo da Líbia e controla as estradas para Trípoli. As marionetes das Nações Unidas se vêem perdidas, assim tomam medidas desesperadas, enquanto o povo líbio continua a sofrer.

Ainda assim, essas marionetes sionistas estão perdendo. As Tribos Líbias (que representam todos os líbios) continuam ganhando terreno contra os odiosos ocupantes ilegais de seu país.

Há outro grande problema que os sionistas têm na Líbia. Em um futuro muito próximo haverá uma eleição nacional para o Povo eleger um novo líder e um novo governo. Não há a mínima chance de qualquer fantoche, qualquer rato terrorista, qualquer traidor libio ou qualquer islamista radical serem eleitos. Isso expulsará todos os sionistas, todos os ocupantes ilegais e entregará a Líbia de volta ao Povo. Este evento não será tolerado pelos sionistas, eles devem manter seu controle ilegal da Líbia e seus recursos. O que fazer? A mesma resposta, como sempre, uma mentirosa operação de 'bandeira falsa' para promover sua agenda. Essa mentira foi lançada pela CNN esta semana e apanhada por toda a máfia da mídia comprada sionista. 'Mercadores de escravos na Líbia' - sua nova mentira para fomentar (assim eles esperam) uma nova invasão da Líbia.

Enquanto isso, a CIA não parou, é claro que eles estão promovendo o mantra do tráfico de escravos e fornecendo velhos vídeos e fotos, mas eles também têm Khalifa Haftar,  seu agente no terreno na Líbia de longa data, tentando se promover a uma posição de liderança em Líbia. Haftar é um rato TRAIDOR da Líbia. Ele se voltou contra o seu país durante as guerras do Chade e, quando Chade estava perdendo, ele foi retirado da África pela CIA, juntamente com cerca de 30 de seus camaradas traidores e levado para Langley, Virginia, onde residiu por mais de 30 anos, a soldo e a serviço da CIA. Em 2011, ele foi implantado na Líbia para liderar os mercenários enviados para destruir a Líbia. Em algum momemto em 2012, Khalifa Haftar mudou de idéia e disse que queria ajudar a limpar a Líbia dos mercenários que ele liderava. Ninguém acredita nisso, Haftar estava apenas cumprindo as ordens de seus amos da CIA. Ele abriu caminho no Exército Nacional da Líbia (LNA) e subornou ratos suficientes dentro do Parlamento de Tobruk para nomeá-lo comandante do LNA. Mesmo assim, ele não tem apoio na Líbia. Recentemente, suas verdadeiras cores começaram a aparecer novamente, mais de 30 líbios mortos encontrados fora de Benghazi ao longo da estrada eram prisioneiros de Haftar. Ele assassinou todos eles. Ele também contratou um grupo de lobistas em Washington DC para promover o seu futuro (em seus sonhos) de líder da Líbia.

O último truque de Haftar é uma petição (para torná-lo o líder) que ele está promovendo em toda Benghazi. Ele está tentando obter assinaturas suficientes para mostrar que ele deve ser o dirigente. Mas está tendo problemas para obter assinaturas, então ele oferece dinheiro para assinarem. Como é que Haftar tem dinheiro suficiente para comprar assinaturas, para viajar por todo o Mundo, para comprar suas armas (ninguém mais na Líbia pode obter armas), para contratar um grupo de lobistas por US $ 20.000 por mês, etc.? Os líbios não têm capacidade para pagar um salário suficiente para arcar com todas as suas atividades. É incrivelmente óbvio que a CIA o está financiando e dando-lhe ordens. O que é triste é a exploração do povo líbio sofredor, tendo todas as suas vidas arruinadas pelos sionistas, apenas para que esses mesmos sionistas lhes ofereçam $ para fazer seus 'rolos'. Os sionistas criaram uma situação tão horrível que, para sobreviver, voltam irmão contra irmão.

Ainda assim, as tribos líbias lutam, estão avançando e sabem que, no final, terão seu país de volta. O 'estado profundo', a camarilha, a máfia da Kazária, como quer que se chame, não pode penetrar na estrutura tribal. Eles são como uma família e sabem se um de seus membros foi comprometido. Fomos informados pelo agente da DIA em nossa casa que nunca na História mundial nenhum grupo de inteligência conseguiu penetrar nas tribos de qualquer país. Este é o poder das tribos líbias, das tribos egípcias, das tribos sírias, etc. Não serão quebradas, existem há mais de 8000 anos, e prevalecerão."

http://www.libyanwarthetruth.com/new-attack-libya-using-fake-news

(Achamos que Joanne Moriarty escreve movida mais pela fé que pela razão. É temerário afirmar que "em um futuro muito próximo haverá uma eleição nacional para o Povo eleger um novo líder e um novo governo". Ainda que haja, lembremo-nos da eleição passada, quando os terroristas perderam e, inconformados, impuseram-se à força. Mas o artigo vale pela informação que traz e pelo seu tema central: a mídia do Imperialismo mais uma vez distorce os fatos para justificar uma intervenção.)




SÍRIA E IRAQUE




Em 23 de novembro, o Exército Árabe Sírio (SAA), as Forças Tigre [com tanques] e seus aliados continuaram sua operação contra o ISIS [Estado islãmico, Daesh] na margem ocidental do Eufrates. As forças pró-governo estabeleceram o controle sobre as aldeias de Mahkan, Quriyah, Subaykhan, Kashma e Tashreen.

No mesmo dia, os bombardeiros estratégicos Tu-22M3 atingiram posições do ISIS na província de Deir Ezzor tendo voado cerca de 2.000 km desde a Rússia. O ataque atingiu combatentes do ISIS, veículos e fortificações perto de Al-Katia.

Em 24 de novembro, o SAA e seus aliados avançaram ainda mais na direção de al-Bukamal.

No sudoeste de Aleppo, estão ocorrendo confrontos entre o SAA e o Hayat Tahrir al-Sham (anteriormente Jabhat al-Nusra, ramo sírio da al-Qaeda) nas aldeias de al-Rashadiya e al-Hajara. Fontes pró-governo afirmam que o SAA recentemente implantou reforços na área. No entanto, isso não ajudou ainda as forças do governo.

No oeste de Ghouta, a SAA liberou a aldeia de Beitima do Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e enfrenta milicianos na colina Bardae ao sul da cidade de Beit Jinn. Se o SAA tomar esta importante colina, poderá estabelecer o controle de fogo sobre a principal cidade tomada por militantes na região.

De acordo com fontes pro-HTS, 15 soldados do SAA foram mortos durante os confrontos perto da colina.

Enquanto isso, relatórios surgiram na mídia 'mainstream' de que Washington não vai se retirar da Síria após a derrota do ISIS.

Anteriormente, o governo dos EUA justificava sua invasão no país pela necessidade de derrotar o grupo terrorista. Agora, pretende permanecer lá para reduzir a influência do Irã e do governo Assad no período pós-ISIS.

Em 23 de novembro, o Exército iraquiano e as Unidades de Mobilização Popular (PMU) lançaram uma operação militar para libertar so ISIS a restante área fronteiriça no oeste do Iraque. De acordo com a assessoria de imprensa das PMU, as tropas do governo libertaram 56 aldeias, as pontes de al-Sukariat, al-Akarb e al-Bka e o aeroporto 'Geneva'.

O exército e as PMU destruíram 8 dispositivos explosivos improvisados ​​(VBIEDs) [carros=bomba] do ISIS e capturaram outros 3. Eles também destruíram 3 veículos e várias posições de lançamento de morteiros do ISIS.

De acordo com a agência de notícias Amaq, ligada ao ISIS, dois terroristas suicidas atacaram uma reunião dos combatentes do PMU ao norte de Baiji. Não há relatórios confirmados sobre o número de vítimas devido ao ataque.

Após a libertação da parte iraquiana do Vale do Eufrates, milhares de combatentes do ISIS foram forçados a retirar-se para a região desértica na fronteira sírio-iraquiana. Uma parte deles agora procura se infiltrar nas cidades controladas pelo governo e estabelecer redes criminosas nelas. Outra parte aderiu ao fluxo de migração, que está indo pela Turquia para a União Européia.

http://thesaker.is/syrian-iraqi-war-report-november-25-2017-us-forces-to-remain-in-syria-to-oppose-iran-assad/

https://southfront.org/syrian-iraqi-war-report-november-24-2017-us-forces-to-remain-in-syria-to-oppose-iran-assad/

(Obs.: afirmar que "pretende permanecer para reduzir a influência do governo do país" é mais uma incrível tirada surrealista do governo dos EUA)



ASSAD E PUTIN EM SOCHI, 21/11/2017





DISCURSO DE NASRALLAH:

os EUA continuam a apoiar o ISIS de todas as formas possíveis (leg. Fr./Ingl.)



Discurso do secretário-geral do Hezbollah, Sayed Hassan Nasrallah, em 20 de novembro de 2017, após a vitória de Abu Kamal e no dia seguinte ao encontro da Liga Árabe que novamente declarou o Hezbollah como organização terrorista.

http://thesaker.is/hassan-nasrallah-the-us-keep-supporting-isis-in-every-possible-way/


[…] Agora, quando os dirigentes do Iraque anunciarão sua vitória final sobre o Daech e com os dirigentes sírios já se preparando para fazer o mesmo, é hora de sentar e discutir. Teremos de distribuir convites, organizar conferências e estudos... 

Claro, também haverá festas para celebrar a vitória, porque será grande vitória, vitória contra aquela organização que representava o maior perigo (para todos) e que sujou mais que qualquer outro inimigo a religião de Maomé [que a paz e todas as bênçãos estejam sobre ele e sua família], em 1.400 anos. Será a vitória dos valores humanos e morais contra a bestialidade, a crueldade e a violência mais atrozes. E vitória que terá enormes repercussões no plano cultural, religioso, humanitário, militar, de segurança, no plano político, para a própria imagem (do Islã e dos muçulmanos) e em todos os níveis.

Nesse momento, será preciso reiterar os objetivos pelos quais [lutaram] o povo iraquiano, o povo sírio, o povo libanês, todas as elites e todos os dirigentes e todos os povos da região. Todos devemos refletir, ponderar, examinar e reexaminar a questão da identidade dos criadores, mantenedores, defensores e promotores do Daech, que lhes deram autorização para cometer tantos massacres e ações de terrorismo. E, de outro lado, também sobre quem são os que se ergueram contra o Daech, que lhe deram combate, que sofreram baixas, que ofereceram seus mártires nessa luta e derrotaram o Daech e todos que estavam à sombra deles.

Essa é discussão a ser feita em profundidade e com empenho, para que os muçulmanos fiéis não se deixem apanhar duas vezes na mesma armadilha.

Reexaminemos a vitória de Abou Kamal [último bastião territorial do Daech na Síria], retomado pelas forças da Síria, do Irã, do Hezbollah e da Rússia. O que fizeram os norte-americanos? Aí está outro tema que cuja discussão muito contribuirá para as discussões que terão de acontecer daqui por diante. 

Na batalha de Abou Kamal, os norte-americanos fizeram tudo ao alcance deles para ajudar o Daech, menos uma: só faltou atirarem diretamente contra as forças aliadas que abriram caminho para libertar Abou Kamal. Isso não fizeram, é verdade: não atiraram a queima-roupa contra nós. Forças aéreas dos EUA não atacaram as forças sírias e aliadas que libertaram Abou Kamal, do Daech.

Dou-lhes alguns exemplos do que fizeram.

Para começar, garantiram cobertura aérea aos terroristas do Daech em toda a área a leste do rio Eufrates, entre o rio e a fronteira do Iraque. Naquela região, o Daech se deslocava livre e abertamente, com homens, tanques, armas pesadas, seus mísseis, suas linhas de frente, tudo protegido pelos norte-americanos. As forças aéreas jamais fizeram qualquer movimento contra eles, embora fingissem que comandariam uma aliança internacional criada para combater o Daech. E também impediam que aviões russos e sírios se aproximassem daquela região. E ameaçaram, no caso de russos ou sírios atacarem a leste do Eufrates, que atacariam a oeste do Eufrates, quer dizer, atacariam as forças aliadas que combatiam contra o Daech. Esse o primeiro ponto: os norte-americanos deram cobertura e completa proteção aérea ao Daech a leste do Eufrates e, claro, às linhas de frente do Daech quando nós avançamos sobre elas e o Daech iniciou a retirada.

Em segundo lugar, os norte-americanos enviaram seus drones, que sobrevoaram nossas forças aliadas que libertaram Abou Kamal, para reunir informações muito sensíveis que em seguida entregaram – e não faço acusações gratuitas, entregaram, sim, informações precisas – ao Daech, que conseguiu atacar alguns alvos localizados pelos drones norte-americanos.

Em terceiro lugar, fizeram guerra eletrônica muito intensa, que queimou os aparelhos eletrônicos que nossas forças usavam. Os norte-americanos, não o Daech, fizeram isso.

(Em quarto lugar), quando afinal o Daech a foi derrotado em Abou Kamal, fizeram de tudo para ajudar o Daech na retirada, para protegê-los e salvá-los. É sempre a mesma história, e nem vale a pena repetir. Tudo que podiam fazer para facilitar e proteger a retirada do Daech, dos dirigentes e das suas forças, de Abou Kamal, os norte-americanos fizeram. E os terroristas também foram acolhidos e receberam instruções nas regiões controladas pelos curdos, as chamadas 'forças democráticas sírias'.

Entre parênteses, devemos todos nos preparar – é possibilidade real e hipótese legítima – para, em futuro mais ou menos próximo, o surgimento de grupos residuais do Daech, que se reconstituirão e se converterão em novas 'forças sírias democráticas', dirigidas, sustentadas e como hoje realmente orientadas pelas forças norte-americanas na Síria.

Um último ponto. Durante a batalha e depois dela, helicópteros norte-americanos pousavam em regiões do Daech e dali evacuavam dirigentes, pessoas (que tiravam das fileiras do Daech), para salvá-las. Será interessante perguntar o que faziam aqueles helicópteros, que papel tinham, que ordens receberam dos EUA que protegiam o Daech. E isso aconteceu em vários pontos, várias vezes, especialmente em Deir Ezzor e no Iraque.

Aí está o que fizeram os norte-americanos. A real preocupação deles era que o Daech não desistisse, que resistisse em Abou Kamal até o fim, sempre interessados em fazer do ataque das forças sírias e aliadas contra Abou Kamal, completo fracasso. Aí está uma prova a mais da extensão da intromissão dos EUA, do apoio e proteção que dão ao Daech e que queriam continuar a dar pelo maior tempo possível. Não esqueçam que os norte-americanos declararam que para eliminar o Daech seriam necessários 30 anos, segundo alguns, 25, para outros; e dez para os mais otimistas. 

O que aconteceu foi que o Eixo da Resistência na região conseguiu infligir derrota quase definitiva ao Daech em apenas uns poucos anos. Essa é humilhação grande demais para os dirigentes dos EUA e para a política dos EUA. E essa ingerência nefasta permanece ativa até hoje. É importante que todas essas mentiras e farsas que os norte-americanos inventam e urdem sejam reveladas publicamente a todos os nossos povos.

Há alguns dias, um amigo e aliado dos EUA – e não foi governante iraniano –, o presidente da Turquia Erdogan, acusou abertamente os EUA de continuar a manter financeiramente o Daech. Digo-lhe que não é só a ajuda financeira. Mas, sim, fiquemos só com o que disse o presidente turco. É o presidente de estado grande e forte, e aí está, dizendo publicamente, em fala pública – não são declarações gravadas clandestinamente –, que os EUA continuam, ainda hoje, a manter financeiramente o Daech, porque os EUA continuam decididos a utilizar o Daech. O perigo agora é que o Daech seja reconstruído pelos norte-americanos, sob outro nome, outros slogans e novas formas, para executar o mesmo serviço que fez o Daech. […]

(Tradução: Vila Vudu)




PARA NÃO ESQUECER...

Testemunho de irmã Guadalupe, missionária na Síria.



(Publicado em 19 de fevereiro de 2016)


quarta-feira, 8 de novembro de 2017

COMEMORANDO O CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO



Abby Martin entrevista Brian Becker, ativista de longa data dos Estados Unidos, e co-autor do livro "Assaltando os Portões: Como a Revolução Russa Mudou o Mundo" ("Storming the Gates: How the Russian Revolution Changed the World").