domingo, 8 de maio de 2016

GOVERNO DE UNIDADE TERRORISTA

Sem muita novidade: o site Southfront.org traz um resumo da trajetória de Abdel Hakim Belhadj, principal mandatário da coalizão terrorista "Aurora da Líbia", com quem a ONU negocia a imposição de um "governo de unidade" para representar todas as milícias terroristas e para autorizar o envio de tropas da OTAN à Líbia.



A crise em curso na Líbia empurra o Ocidente a tentar consolidar líderes políticos poderosos, para formar um "governo de unidade". O principal critério de tal envolvimento é a capacidade desses líderes de prestar assistência militar a esse governo apoiado pelo Ocidente. As biografias dos líderes ou até mesmo seu envolvimento em ações terroristas são ignorados. Assim a EU e os EUA tentam evitar a situação de serem forçados a implantar uma força terrestre significativa na região.

O Representante Especial, Chefe da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia, Martin Kobler, está negociando com o líder político e militar líbio Abdel Hakim Belhadj. Belhadj é o ex-chefe do LIFG (Grupo de Combate Islâmico Líbio), ligado à Al Qaeda, e um agente importante na derrubada de Muamar Kadafi apoiada pelos EUA. Belhadj tem uma reputação de envolvimento na jihad internacional, bem como de desempenhar um papel-chave nos atentados na estação de trens de Madrid em 2004, e é acusado do assassinato de dois políticos tunisianos a mando da Irmandade Muçulmana.

Na década de 1980, Belhadj e outros líderes do LIFG se juntaram ao Taliban no Afeganistão. Após a invasão americana do Afeganistão, foi preso no Paquistão no final de 2001 e entregue a autoridades de segurança dos EUA, mas ao contrário de outros prisioneiros no Afeganistão, ele foi repatriado para a Líbia, dois meses depois. Belhadj foi detido em 2004 no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, na Malásia. Ele foi então transferido para Bangkok e foi então colocado sob a custódia da CIA (Agência Central de Inteligência) dos EUA, sendo mantido em uma prisão secreta no aeroporto. Foi entregue à Líbia e mantido na prisão de Abu Salim por sete anos. [Depois foi anistiado. Ver comentário de Saif al-Islam Kadafi em: http://defesadalibia.blogspot.com.br/2011/11/traicoes.html ].

Belhadj é uma figura importante no governo de Tripoli e suas forças desempenham um papel significativo na coalizão islâmica "Líbia Dawn" (Aurora da Líbia), que inclui a Irmandade Muçulmana e Ansar al-Sharia, divisão da Al Qaeda, e que atualmente detém grandes partes de Trípoli. Ao mesmo tempo, Belhadj é chamado "completo homem de negócios" e controla a atividade comercial do aeroporto internacional de Mitiga. Ele recebe as taxas do tráfego do aeroporto, inclusive dos suprimentos militares do Qatar para a "Aurora da Líbia". Ele é agora o proprietário de fato do canal Al Nabaa TV, reputado como um ramo da Al Jazeera na Líbia, e da companhia aérea "Asas da Líbia". Belhadj também tem interesses comerciais nos ramos dos meios de comunicação, do tráfego aéreo e dos seguros de assistência médica na Turquia e na Tunísia. As potências ocidentais decidiram envolver como aliado um terrorista, líder de uma organização criminosa internacional, para instalar no poder o chamado "governo de unidade" da Líbia, que não tem quase nenhum apoio em todo o país. Será que realmente acreditam que este é um bom plano, nos melhores interesses do povo líbio?



ATUALIZAÇÃO - 10/05/2016: BRIGA DE RATOS NA LÍBIA



Os 2 governos rivais da Líbia, de Trípoli e de Tobruk, sediam ramos separados da National Oil Corporation (NOC - Empresa Petroleira Nacional), um com escritório em Trípoli, reconhecido internacionalmente, e o outro com sede em Bayda.

Em 4 de maio, a NOC-Bayda, que é leal a Tobruk, bloqueou um petroleiro registrado em Malta, o Seachance, de carregar óleo no terminal de Marsa al-Hariga, perto de Tobruk. Segundo funcionários do porto, o navio tentou carregar petróleo bruto vendido pela NOC-Trípoli, que apoia o governo de Trípoli. A NOC-Bayda impediu os trabalhadores do terminal de carregarem o óleo no navio. A negativa seguiu-se a uma tentativa frustrada da NOC-Bayda de exportar seu petróleo. Recentemente, Malta impediu a entrada do petroleiro, carregado com petróleo da NOC-Bayda.

Mais de metade da produção diária bruta de petróleo da Líbia, entre 220.000 e 250.000 barris por dia, passa através do terminal de Marsa al-Hariga. Cerca de metade disso é entregue à empresa comercial suíça Glencore. Outra parte vai para o Oeste da Líbia para refinação. Em 2015, a Glencore assinou um contrato com a NOC-Trípoli para exportar petróleo dos campos de Sarir e Messla através de Marsa al-Hariga. Por sua vez, a NOC-Bayda rejeitou todos os contratos assinados depois de março de 2015, incluindo o acordo da Glencore.

Especialistas ocidentais acham provável que, bloqueando o terminal, Tobruk esteja tentando minar a legitimidade das instituições de Trípoli: o chamado "governo de unidade" e a NOC-Trípoli. Sugerem que o governo de Tobruk vai se tornar mais agressivo em sua oposição a Trípoli. No entanto, esta idéia omite o fato evidente de que o objetivo de Tobruk é conseguir exportar petróleo independentemente. Assim, os acontecimentos recentes podem ser descritos como uma espécie de barganha, em meio aos esforços do Ocidente em unir o país sob o domínio de seus mercenários. Na Líbia de hoje, o poder político-militar e o reconhecimento internacional são apenas ferramentas para enriquecer com os recursos do país e sua localização geográfica.

https://southfront.org/competition-for-libyas-oil/

http://thesaker.is/competition-for-libyas-oil/




UCRÂNIA

Odessa antifascista

Cerca de cinco mil pessoas concentraram-se na segunda-feira, 2, na cidade de Odessa, para lembrarem o massacre ocorrido há dois anos na Casa dos Sindicatos. Os manifestantes transportaram faixas e cartazes acusando o presidente da Ucrânia de encobrir os assassinos, entre os quais o actual presidente do parlamento, Andrei Paruby, ex-membro do aparato repressivo golpista e considerado o responsável operacional pelo massacre realizado a 2 de Maio de 2014 em Odessa.

A iniciativa, em que se reclamou uma investigação séria e cabal dos acontecimentos, foi acompanhada por fortes medidas de segurança, impostas pelo governador estrangeiro Mikhail Saakashvili. O ex-presidente da Geórgia – colocado no poder daquele país após uma das chamadas revoluções coloridas do Leste da Europa, mas que agora é alvo de um pedido de extradição por parte das autoridades judiciais georgianas – requisitou a mobilização para Odessa de milhares de membros da Guarda Nacional, incluindo 300 paramilitares do nazi-fascista batalhão Azov.


http://www.avante.pt/pt/2214/internacional/140250/

BRASIL

SOBRE A LUTA DOS ESTUDANTES DE SÃO PAULO



Mídia Ninja - Vídeo sobre a luta dos estudantes, apresentado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos - OEA no dia 07 de abril deste ano, que denuncia violações cometidas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. #OcupaTudo - Via Escolas em Luta


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