sexta-feira, 13 de maio de 2016

BRASIL: A DITADURA DOS PICARETAS



WIKILEAKS REVELA: TEMER FOI INFORMANTE DA EMBAIXADA DOS EUA (Esp.)

El nuevo presidente interino de Brasil, Michel Temer, fue informante de la embajada de EE.UU. en Brasil, ha revelado WikiLeaks a través de su cuenta en Twitter.

En un mensaje publicado por el sitio web de WikiLeaks figura un documento enviado desde São Paulo (Brasil) con destino al Comando Sur de EE.UU., con sede cercana a Miami. En el cable se analiza la situación política en Brasil durante la presidencia de Luiz Inácio Lula da Silva y aparecen las reflexiones de Temer sobre las opciones electorales de su partido para el año 2006 (el dato del cable filtrado es del 11 de enero del mismo año).

https://actualidad.rt.com/actualidad/207323-temer-brasil-informante-inteligencia-eeuu#.VzYGd7guMTs.gmail



UNASUL CONDENA O GOLPE



Ernesto Samper, secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas, alertou que o afastamento de Dilma Rousseff do governo do Brasil cria um precedente perigoso para a região.

Durante uma conferência de imprensa na quinta-feira, Samper disse que a decisão do Congresso brasileiro de iniciar um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff "compromete perigosamente a governabilidade democrática da região."

"O que acontece no Brasil é uma maioria política parlamentar desafiando a maioria dos cidadãos, que se expressou de forma clara a favor de Dilma", disse Samper referindo-se à re-eleição da presidente Rousseff em 2014. Acrescentou que os esforços dos políticos brasileiros para expulsar Rousseff via impeachment são de "caráter político" e criticou a Câmara dos Deputados por não dar a Dilma espaço para se defender.

Samper pediu ao Senado, que agora vai presidir o julgamento, para respeitar o procedimento devido. "Nesta nova fase, pedimos que o direito de defesa para a presidente Rousseff seja garantido", disse Samper.

O secretário-geral da Unasul disse que "não é seu papel comentar sobre o governo interino (de Michel Temer)."

Durante um evento anterior na quarta-feira, Samper disse que o maior risco para a governança na região são grupos que "se envolvem em trabalho político, sem responsabilidade política".

O esforço de impeachment contra Rousseff foi em grande parte impulsionado pela mídia e pelas elites econômicas e políticas no Brasil. O apoio do conglomerado de mídia Globo foi essencial para criar apoio para o impeachment, proporcionando uma cobertura desproporcional de alegações de corrupção contra membros do Partido dos Trabalhadores e concedendo a atenção da mídia para comícios de direita pedindo a expulsão de Rousseff.

Elementos do sistema judicial do país, incluindo Sergio Moro, o juiz que preside a investigação de um escândalo de corrupção, desempenharam um papel político de liderança, que os apoiantes de Dilma dizem ser inadequado para um juiz.

O Supremo Tribunal Federal também se absteve de intervir e parar a tentativa de golpe, apesar do fato de Rousseff estar sendo levada a julgamento sem ter sido considerada culpada de qualquer crime.

O processo do impeachment contra a presidente brasileira se baseia em alegações de que ela manipulou contas de orçamento, um ato cometido pela maioria de seus predecessores e por alguns dos próprios senadores que votaram para o processo de impeachment prosseguir.

O dirigente da Unasul alertara previamente que um cenário de potencial impeachment cria um precedente "perigoso" ao criminalizar práticas padrão de gestão de orçamento do governo [atos administrativos].

Telesur

http://www.telesurtv.net/english/news/UNASUR-Condemns-Impeachment-Efforts-by-Brazilian-Lawmakers-20160505-0010.html



MADURO E EVO MORALES CONDENAM O GOLPE



https://actualidad.rt.com/actualidad/207285-maduro-morales-condenar-impeachment-rousseff



FUTEBOL E GOLPE



http://www.opopular.com.br/editorias/2.928/impeachment-%C3%A9-golpe-v%C3%ADdeo-usa-o-futebol-para-explicar-de-forma-did%C3%A1tica-e-divertida-crise-pol%C3%ADtica-1.1061997



QUEM ESTÁ POR TRÁS DO GOLPE?





Nota do MST sobre o afastamento da presidenta Dilma Roussef

12 de maio de 2016 16h17

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vem a público manifestar seu repúdio e inconformismo em relação à decisão do Senado Federal, dessa quinta-feira (12), de admitir o processo de Impeachment contra a Presidenta Dilma Roussef e afastá-la do cargo temporariamente. Temos certeza, como afirma o texto do processo, que a Presidenta não cometeu nenhum crime com as pedaladas fiscais. Se assim fosse, o processo deveria atingir também o vice que ora assume, Michel Temer, e o senador Anastasia, ex-governador de Minas. 

Esse é um golpe institucional e anti-democrático que desrespeitou a vontade de 54 milhões de eleitores e foi orquestrado pelos setores mais conservadores da sociedade, em especial o empresariado neoliberal e subserviente aos interesses das empresas Estadunidenses. Um golpe sustentado por uma campanha permanente dos grandes meios de comunicação – em especial, a Rede Globo –, e pela ação seletiva e midiática de setores do poder judiciário.

O golpe referendado pelo Senado não desrespeita apenas a opinião da população sobre quem deve ser o Chefe de Estado, mas, como anunciado pelo Vice usurpador, pretende aplicar um programa recessivo, neoliberal, de tristes lembranças para o povo brasileiro nos tempos dos governos Collor-FHC. Ele será anti-popular e um retrocesso social que diversas vezes foi rejeitado pela maioria da população nas urnas. Incapazes de conviver com a democracia e de se submeterem a vontade popular, as elites afastam a Presidenta sem qualquer comprovação de crime, apenas para que seu projeto de cortes sociais, desemprego e privatização seja levado a cabo.

A “Ponte para a recessão”, do golpista Michel Temer, só levará à acentuação da crise social e econômica e ampliará a instabilidade política do país. O novo governo que se anuncia, por seu histórico, tampouco representa ruptura com os métodos corruptos, que todos denunciamos nas ruas.

Esperamos que o Senado se redima, quando tiver que julgar o mérito. E se assim não proceder, as forças partidárias democráticas e contrárias ao Golpe devem recorrer ao STF. A sociedade brasileira sabe que estamos enfrentando uma crise econômica, política, social e ambiental. Essa crise não se supera com golpes. Ela necessita de um amplo debate na sociedade que aglutine a maior parte das forças populares e sociais, para buscarmos construir um novo projeto de país que enfrente as crises. 

Em relação à crise política instaurada, defendemos com os demais movimentos populares, que somente uma reforma política profunda, que devolva ao povo o direito de escolher seus representantes legítimos, pode ser uma saída verdadeira. O atual congresso não tem condições e nem vontade política. Daí a necessidade do senado aprovar a realização do plebiscito que dê ao povo o direito de convocar uma assembleia constituinte, que culmine numa reforma política com a realização de eleições gerais em condições democráticas.

O MST permanecerá mobilizado em defesa da democracia e dos direitos sociais, ao lado da Frente Brasil Popular e dos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que não aceitarão o golpe. Seguiremos sempre em luta, contra o latifúndio e o agronegócio, pela reforma agrária popular e pelo direito constitucional de todos os trabalhadores rurais terem terra e vida digna no campo. 

Não ao golpe! Fora Temer!

Coordenação Nacional do MST

Brasília, 12 de maio 2016




Cenk Uigur pergunta: existe democracia no Brasil?



(cortesia do prof. Jorge José Oliveira)

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