sábado, 8 de junho de 2013

PROVÍNCIA DE QUSAIR LIBERTADA


O Exército Árabe Sírio retomou toda a província de Al Qusair
Publicado em 07/06/2013
http://allainjules.com/2013/06/07/indiscretions-syrie-armes-chimiques-chut-washington-vient-encore-dhumilier-paris-et-le-monde/

Video da TV Al-Manar, de Al Qusair libertada


Tartus - população comemora libertação de Al Qusair


Alepo, 6/6/2013: Novo ataque dos ratos ao Aeroporto de Mingh (Menagh)

"Província de Alepo: Rechaçado novamente pelo exército sírio um ataque terrorista ao aeroporto de Mingh. Foi o ataque terrorista mais violento desde o início do cerco ao aeroporto de Mingh um ano atrás. Os terroristas usaram obuses com fósforo branco durante o ataque. O Exército sofreu três ferimentos leves em suas fileiras, enquanto os terroristas sofreram perdas. Para o aeroporto, que resiste ao cerco há mais de um ano, é mais uma vitória."

RATOS ENTREMATAM-SE NA SÍRIA

Vídeo divulgado pelo "Observatório Sírio dos Direitos Humanos" (OSDH), cuja autenticidade não pode ser verificada, mostra 2 chefes de brigada sendo executados, sentenciados por um 'tribunal islâmico' por roubo e por mandarem matar um outro rato.

INFOWARS - 4/6/2013


"A oeste do rio Orontes": Documentário Da PressTV sobre a guerra na Síria (Ing)

Publicado em 4/6/2013


Jordânia

"Manobras militares envolvendo 15 mil efectivos de 18 países vão ser realizadas no país, anunciou o gabinete de Amã. Os exercícios Eager Lion 2013 prevêem a participação dos EUA, Grã-Bretanha, Barein, Canadá, República Checa, Egipto, França, Iraque, Itália, Líbano, Paquistão, Polónia, Catar, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Iémene, revelou a agência Petra, que cita fonte oficial.

Recorde-se que à Jordânia chegou, nas últimas semanas, um contingente de 1500 soldados norte-americanos com o propósito confesso de aumentar o nível de resposta operacional face ao agravamento do conflito na Síria."

http://www.avante.pt/pt/2062/BrevesIntenacional/125527/



TURQUIA: 7º DIA DE PROTESTOS




Avante! entrevista Aydemir Güler, do TKP, sobre a situação na Turquia:

«Derrotar o AKP é justo e mobilizador»

"Os protestos que eclodiram nos últimos dias na Turquia resultam da confluência de descontentamentos com diversas origens, mas expressam um denominador comum: a rejeição popular do projecto reaccionário que o governo procura impor no país, disse ao Avante! o membro da Associação de Paz da Turquia e do CC do Partido Comunista da Turquia (TKP), que esteve em Portugal a propósito das reuniões do Secretariado e da Região Europa do Conselho Mundial da Paz.

As movimentações de massas na Turquia surgem depois da realização de manifestações contra o envolvimento turco no conflito sírio. É essa ingerência o seu principal factor desencadeador?

A recusa da via intervencionista adoptada pelo governo, ao lado dos grupos armados e contra a Síria, foi um dos detonadores, sem dúvida, mas o alastramento da revolta surge na sequência de uma luta aparentemente menor e mais simples. Na Praça Taksim, o coração de Istambul, há um parque público muito apreciado que o governo do AKP [Partido da Justiça e do Desenvolvimento] quer demolir, argumentando que vai reconstruir uma antiga caserna militar otomana. Isso é a fachada. Na realidade, onde hoje está o Parque Gezi, o AKP pretende construir mais um centro comercial.

A rejeição do empreendimento foi desencadeada há muito, mas a repressão violenta da defesa do Parque provocou a indignação e o alastramento dos protestos.

A maioria dos turcos, e mesmo muitos dos habitantes dos subúrbios de Istambul, nunca estiveram no Parque Gezi, mas consideram-no parte da identidade da cidade.

Então o que move milhões de pessoas em todo o território?

A destruição do Parque Gezi foi a gota de água que fez transbordar a paciência do povo. Foi a centelha da revolta dos trabalhadores, dos jovens, dos estudantes, de sectores e camadas intermédias que recusam o alinhamento do país numa guerra imperialista na região; que estão contra a proposta de nova constituição apresentada pelo AKP, o desemprego galopante que atinge jovens qualificados e não-qualificados; contra as orientações neoliberais impostas pelo primeiro-ministro Recep Erdogan e as suas consequências sociais; contra a violência policial cada vez mais frequente e o autoritarismo do governo que sempre se recusa a negociar.

A Síria é uma questão central. A 11 de Maio, o governo turco acusou a Síria de ser responsável pelas explosões em Reyhanli. Ninguém acreditou nisso. Ninguém acredita que a Frente al-Nusra, vinculada à al-Qaeda, produza armas em Adana, a quinta maior cidade turca, sem o conhecimento de Ancara.

A iniciativa que a Associação de Paz da Turquia e o Conselho Mundial da Paz promoveram em Antakya, no final de Abril, incluindo um acto público com milhares de pessoas, esclareceu e mobilizou contra a guerra. A esmagadora maioria dos populares da província de Hatay tiveram algum contacto com o movimento da paz. A isto acresce o facto de observarem a liberdade com que se movimentam os terroristas na fronteira e, sobretudo, constatarem que dois anos de guerra na Síria provocaram o colapso da economia na sua região.

Para mais, os atentados em Reyhyanli vitimaram cerca de uma centena de pessoas. O primeiro-ministro acusa um Estado vizinho da sua autoria e a primeira coisa que faz é deslocar-se aos EUA para reunir com Barack Obama e apelar a um intervenção na Síria? Tudo isto tornou muito claras as intenções do AKP e desacreditou o governo aos olhos do povo, que recusa que a Turquia seja o principal centro de provocação à Síria, que rejeita que a «oposição» se reúna no país e tenha bases.

Há então um denominador comum?

Sim, há, a islamização da sociedade num determinado sentido. Recentemente, o governo fez aprovar legislação que limita a comercialização e consumo de álcool. O que os turcos vêm nisto não é a defesa da saúde pública, mas o aprofundamento de uma orientação por parte do AKP. A maioria dos turcos são muçulmanos, mas convivem com a religião de uma forma diferenciada face a outras facções islâmicas. Defendem o Estado laico e os valores do secularismo.

O AKP não é somente um partido, mas um projecto. Podemos até dizer que terá servido de inspiração no desfecho das chamadas primaveras árabes para a instalação no poder de partidos afectos à Irmandade Muçulmana. O AKP foi a primeira experiência bem sucedida de um modelo de consolidação de um poder islâmico promotor de políticas neoliberais. O AKP acalenta a esperança de reconstruir o império otomano, ser a maior potência regional. Washington apoia um poder desse tipo. O AKP é apoiado pelo grande capital na Turquia.

Qual o rumo que os acontecimentos podem tomar?

As movimentações de massas cresceram de uma forma espontânea. O governo mostra-se incapaz de manipular essa dinâmica. Tem a maioria no parlamento, tem dinheiro e apoio das petro-monarquias árabes do Golfo, mas não vai conseguir controlar um povo inteiro que sempre se tem manifestado. A Turquia não é uma sociedade abafada, calada, amorfa. Milhões de pessoas estão nas ruas com reivindicações específicas. Demitir o governo é a tarefa imediata.

O TKP está a desempenhar um papel fundamental no estímulo da luta. No último sábado, apoiou e chamou para uma manifestação na Praça Taksim. O Partido Popular Republicano, maior partido da oposição parlamentar, fundador da República Turca, social-democrata, foi obrigado a desconvocar o protesto, agendado para uma outra praça de Istambul e a mobilizar para Taksim.

É certo que os protestos carecem de uma direcção política. Neste momento, nenhum partido pode reivindicar a condução de um processo onde sobressai a grande energia e disponibilidade das massas. É urgente garantir a unidade de acção e propósito, assegurar que a resistência prossegue. Se este movimento deixa as ruas para a polícia, o governo vai entender que forçou o regresso do povo a casa e avançar com mais limitações à liberdade, mais repressão, mais autoritarismo.

Derrotar o AKP e exigir eleições antecipadas é um objectivo justo e mobilizador que contribui para o recuo do seu projecto político."

http://www.avante.pt/pt/2062/internacional/125524/

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