http://www.algeria-isp.com/actualites/politique-syrie/201211-A14083/syrie-les-terroristes-continuent-tue-les-civils-avec-les-voitures-pieges-novembre-2012.html
O que eles querem da Síria?
Finian Cunningham - nsnbc
"O que eles querem de Jaramana? A cidade reúne pessoas de toda a Síria e acolhe a todos". Estas foram as palavras angustiadas de um desesperado habitante da cidade síria de Jaramana, que foi devastada por várias explosões mortais desta semana.
O número de mortos ainda não foi confirmado. Os primeiros relatórios sobre as explosões referiam 34 mortos. Mais tarde, o número foi estimado em mais de 50, com mais de 120 feridos, muitos críticos. Todas as vítimas eram civis.
Nos últimos 20 meses, a Síria testemunhou dezenas de massacres e horríveis atentados com carros-bombas em sua capital Damasco e em outras incontáveis cidades e vilas em todo o país. Mas a última atrocidade cometida em Jaramana, localizada perto da capital, distingue-se, talvez, por mostrar mais claramente a vil mentalidade maquiavélica dos criminosos, em sua estratégia mais ampla para esse país do Oriente Médio.
Como indicam as palavras do morador em estado de choque acima, Jaramana pode ser vista como um exemplo do carácter pluralista da sociedade síria, "acolhendo a todos". A cidade é particularmente conhecida por suas comunidades cristã e muçulmana drusa, que por todos as relatos, coexistiram pacificamente durante séculos. A população também é amplamente favorável ao governo sírio do presidente Bashar al-Assad.
Esta manhã, quarta-feira, quando trabalhadores, mães e crianças em idade escolar estavam seguindo sua rotina diária habitual, duas enormes explosões rasgaram sem aviso o coração de Jaramana. A segunda explosão foi detonada minutos depois da primeira, quando os espectadores estavam correndo para o local para ajudar os feridos. O cálculo hediondo dos autores era o de maximizar a matança e o sofrimento.
"O que eles querem de Jaramana?" A resposta é revelada em palavras subseqüentes do morador: "A cidade reúne pessoas de toda a Síria e acolhe a todos."
A guerra terrorista na Síria, que os meios de comunicação ocidentais trombeteiam como um "levante pró-democracia", destina-se precisamente ao contrário da convivência pluralista. O que os terroristas querem é estraçalhar a alma tolerante do país e mergulhar seu povo em um banho de sangue intestino, cheio de ódio sectário.
O ataque a Jaramana é um cálculo deliberado brutal para precipitar tal banho de sangue. A cidade sofreu vários ataques semelhantes, embora menos letais, nos últimos meses. Em 29 de outubro, um carro-bomba matou 11 pessoas.
Não há instalações militares ou de segurança estatal em Jaramana. Como dito, é um distrito urbano conhecido por sua tolerância para com a mistura de religiões e de patrimônios culturais. Mas para os terroristas e sua mentalidade perversa, tal virtude cívica faz de Jaramana um alvo principal.
Os militantes armados na Síria são comandados por extremistas sunitas de tendência wahabista ou salafista, que vêem a convivência pluralista de sunitas, xiitas, alauítas, drusos, cristãos, judeus e não-crentes como um anátema à sua ideologia puritana demente.
Outros elementos dentro dos grupos militantes armados sírios parecem ser simplesmente "soldados da fortuna" -- mercenários e criminosos oportunistas que não têm afiliação religiosa particular.
No entanto, no seu conjunto, essas várias facções militantes estão unidas por um objetivo criminoso: esmagar a Síria, de forma afoita e impiedosa.
A sociedade síria, como existe atualmente, com sua ênfase no pluralismo secular, tem que ser destruída a qualquer custo por esses extremistas e oportunistas criminosos. A maneira mais eficaz para sabotar a Síria é desencadear um banho de sangue sectário e jogar as comunidades uma na garganta da outra. Isso vai garantir o colapso do governo central e a divisão da sociedade em seitas. Nesse ambiente de violência deliberada, caos e medo, a Síria estará, então, à mercê de quem quer dominar esse país orgulhoso e histórico.
Os inimigos são bem conhecidos. Os governos ocidentais puxaram suas facas para a Síria durante muitos anos, vendo-a como um obstáculo estratégico de resistência popular ao imperialismo ocidental e ao sionismo no Oriente Médio. Os regimes sunitas da Arábia Saudita, Qatar, Turquia e ultimamente o Egito sob Mohammed Mursi querem ver a Síria amarrada em seu acampamento, com o objetivo adicional de minar a influência regional do Irã.
Autocratas da Arábia Saudita são particularmente obcecados por derrotar o que eles percebem zelosamente como "Crescente Xiita", representado pelo Irã, Síria e o Hezbollah do Líbano, convergindo para o objetivo de isolar o Irã e a preparação para uma agressão militar total contra a República Islâmica.
A Síria é, portanto, um objetivo geopolítico fundamental para o Ocidente e seus aliados regionais. A defesa de supostas reformas democráticas por parte dos governos ocidentais e os seus porta-vozes das empresas de mídia é, naturalmente, uma capa para sua cínica agenda criminosa imperialista. Essa mentira ridícula, em particular, é desmascarada pela conivência do Ocidente com os regimes ditatoriais mais repressivos do planeta -- as monarquias do Golfo Pérsico -- para "libertar" a Síria.
Além disso, se a Arábia Saudita e Qatar estão tão preocupados com o bem-estar de seus irmãos muçulmanos árabes na Síria, porque estes monarcas supostamente cavalheirescos não enviam armas e combatentes para ajudarem o povo palestino de Gaza sitiada?
Uma medida do valor da Síria é até que ponto estão dispostos a chegar os inimigos criminosos da Síria a fim de vencer o país e instalar seu regime auto-nomeado.
Os massacres de famílias e crianças em aldeias como Houla e Qubair, a execução a sangue frio de civis obrigados a ajoelhar-se diante de seus assassinos, e o bombardeamento sem sentido de civis, como se viu esta semana em Jaramana, são técnicas de terror que os governos ocidentais e seus aliados aperfeiçoaram em outros lugares durante várias décadas. Os americanos utilizaram o demoníaco terrorismo científico na América Central, os franceses no norte da África, e os britânicos no leste da África e, mais recentemente, na Irlanda do Norte.
A Síria está sofrendo o pior de todos os ataques criminosos possíveis -- a evolução e fusão do terrorismo de Estado ocidental alimentado com os petrodólares de estúpidos déspotas árabes.
Para aumentar a abominação, muitos dos crimes na Síria foram filmados pelos seus perpetradores e posteriormente liberados, alegando que seriam ação das forças do governo. Um incidente foi a demolição explosiva de uma mesquita pelos mercenários em Alepo, que foram filmados rindo de seus crimes de guerra. A mídia ocidental alegou que era do exército nacional sírio, apenas para logo emergir que era realmente dos membros do chamado Exército Livre da Síria (FSA).
Às recentes alegações de que as forças armadas sírias estão usando bombas de fragmentação para matar crianças foi dado o habitual destaque da mídia ocidental. Mas dado o histórico dos mercenários apoiados pelo Ocidente e pela máquina de propaganda ocidental, o peso da suspeita certamente cai sobre eles.
Poucas horas depois do assassinato em massa de inocentes em Jaramana, a Assembléia Geral da ONU em Nova York aprovou um projeto de resolução condenando o governo sírio pelo que chamou de "violações generalizadas dos direitos humanos".
A condenação foi co-patrocinada pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Arábia Saudita, Qatar e Turquia -- os próprios patrocinadores do terrorismo de estado ocidental que mergulha o povo sírio em um banho de sangue. A ONU permanece como uma instituição que não é apenas uma ferramenta de propaganda degradante, é uma ferramenta de propaganda salpicada com o sangue de inocentes.
http://nsnbc.wordpress.com/2012/11/29/what-do-they-want-from-syria/
AVIAÇÃO SÍRIA BOMBARDEIA POSIÇÕES DO "FSA"
http://www.algeria-isp.com/actualites/politique-syrie/201211-A14079/syrie-des-membres-qaida-bombardes-par-armee-arabe-syrienne-novembre-2012.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário