domingo, 3 de junho de 2012

SÍRIA SURREAL


FINANCIAM, ARMAM E TREINAM TERRORISTAS, E DEPOIS QUEREM QUE ACREDITEMOS QUE É O GOVERNO QUEM MASSACRA A POPULAÇÃO


Em 25 de maio de 2012, por volta das duas horas da tarde, grandes grupos de combatentes atacaram e capturaram a cidade de Al-Houla da província de Homs. Al-Houla é composta por três regiões: a aldeia de Taldou, Kafr Laha e Taldahab, cada uma das quais já foi o lar de 25-30 mil pessoas.

A cidade foi atacada a partir do nordeste por grupos de bandidos e mercenários, no total de 700 pessoas. As milícias vieram de Ar-Rastan (Brigada de al-Farouk do "Exército Sírio Livre" liderada pelo terrorista Abdul Razak Tlass, com 250), da vila de Akraba (liderada pelo terrorista Al-Yahya Yousef), da aldeia Farlaha, apoiado por bandidos locais, e de Al Houla.

A cidade de Ar-Rastan foi abandonada pela maioria dos civis. Agora os Wahhabitas do Líbano dominam a cena, abastecidos com dinheiro e armas pelo movimento político libanês anti-sírio "Al Tayyar-Mustaqbal" ("Movimento do Futuro"). A estrada de Ar-Rastan a Al-Houla percorre áreas beduínas que permanecem na maior parte fora do controle das tropas do governo, e assim o ataque contra Al Houla foi uma completa surpresa para as autoridades sírias.

Quando os rebeldes tomaram o posto de controle (check-point) no centro da cidade, localizado próximo ao departamento de polícia local, começaram a eliminar todas as famílias leais às autoridades nas casas vizinhas, incluindo idosos, mulheres e crianças. Várias famílias foram mortas, incluindo 20 crianças e jovens. Muitos dos mortos eram "culpados" de se atreverem a mudar de sunitas a xiitas. As pessoas foram mortas com facas e disparos à queima-roupa. Em seguida, eles apresentaram os assassinados à ONU e à comunidade internacional como vítimas de atentados por parte do exército sírio, o que não se  verifica pelas marcas em seus corpos [nenhum foi morto por artilharia].

A idéia de que os observadores da ONU ouviram fogo de artilharia contra Al-Houla no Hotel Safir em Homs durante a noite... eu considero uma piada de mau gosto. A distância entre Homs e Al-Houla é de 50 km. Que tipo de tanques ou canhões tem esse alcance? Sim, houve tiroteio intenso em Homs até três horas da manhã, incluindo armas pesadas. Mas, para dar um exemplo, na noite de segunda para terça-feira o tiroteio foi devido a uma tentativa de aplicação da lei para recuperar o controle de um corredor de segurança ao longo da estrada para Damasco, Tarik Al-Sham.

Após uma inspeção visual de Al Houla é impossível encontrar vestígios de qualquer destruição da alvenaria ou bombardeamento. Durante o dia, houve vários ataques por atiradores feitos sobre os últimos soldados remanescentes no posto de controle de Taldou. As milícias utilizaram armas pesadas e havia atiradores profissionais entre os mercenários.

Note-se que uma vez, exatamente a mesma provocação falhou em Shumar (Homs) e 49 milicianos, e mulheres e crianças foram mortos, quando ela foi organizada pouco antes de uma visita de Kofi Annan. Essa provocação foi imediatamente exposta logo que se soube que os corpos dos anteriormente seqüestrados pertenciam a Alawitas. Essa provocação também continha inconsistências graves -- os nomes dos mortos eram de pessoas leais às autoridades, não havia vestígios de atentados, etc

Porém agora a máquina está executando a mesma provocação. Hoje, os países da OTAN ameaçam bombardear  diretamente a Síria, e começou a expulsão simultânea de diplomatas sírios... A partir de hoje, não há tropas dentro da cidade de Al Houla, e no entanto ainda se ouvem regularmente explosões de armas de fogo automáticas. Além disso, não está claro se os milicianos estão lutando uns com os outros, ou se estão eliminando partidários de Bashar al-Assad.

Milicianos abrem fogo em praticamente todos os que tentam se aproximar da cidade de fronteira. Diante de nós um comboio da ONU foi alvo de tiros e dois jipes blindados dos observadores da ONU foram danificados, quando tentavam se dirigir a um posto de controle militar em Taldou.

No ataque contra o comboio, um terrorista de 20 anos de idade foi flagrado. O fogo foi dirigido às laterais desprotegidas do primeiro jipe, e a porta de trás do segundo carro blindado foi atingida por um fragmento. Há feridos.


De acordo com um soldado ferido:

"No dia seguinte, os observadores da ONU vieram até nós no posto e logo que chegaram, homens armados abriram fogo contra eles. E nós três ficamos feridos. Um foi ferido na perna, o segundo nas costas, e eu fui atingido no quadril.

Quando os observadores chegaram, puderam ouvir uma mulher que estava chorando ao lado deles, a mulher se levantou e pediu ajuda dos observadores -- para protegê-la dos bandidos. Quando eu estava ferido, os observadores me viram cair, mas nenhum deles tentou me ajudar. Nosso posto de controle não existe mais. Não há mais civis em Taldou, só restam os milicianos. Nosso relacionamento com os moradores foi excelente. Eles são muito bons para nós, chamaram o exército para entrar em Taldou. Fomos atacados por franco-atiradores."

Infelizmente, muitos dos milicianos são atiradores profissionais. A 100-200 metros da nossa equipe de TV, milicianos atacaram um BMP [veículo blindado] que chegou para substituir soldados no posto de controle. Durante este ataque um soldado-recruta sofreu uma concussão e ligeiro ferimento de raspão na cabeça por uma bala de "sniper" [atirador de elite]. Olhando para o capacete de kevlar perfurado, parece que ele nem percebe que sobreviveu por milagre.

Atiradores de elite matam até 10 soldados e policiais em postos de controle a cada dia. Na verdade as baixas diárias entre os agentes policiais em Homs eram de dezenas diariamente. Mas, infelizmente, às 10 horas, seis soldados foram levados para o necrotério. A maioria foi morta com um tiro na cabeça. E o dia tinha apenas começado...

Eis os nomes das pessoas mortas por franco-atiradores nas primeiras horas da manhã de 29 de maio:

1. Sargento Ibrahim Halyuf
2. Sargento Ibrahim Salman
3. Policial Mahmoud Danaver
4. Recruta Ali Daher
5. Sargento Wisam Haidar
6. o nome e família de um soldado morto não puderam ser esclarecidas

Os bandidos ainda dispararam uma rajada automática em nosso grupo de jornalistas, embora fosse claro que esta é uma equipe de filmagem normal, composta de civis desarmados.


Como o ataque começou

Após as orações da sexta, cerca de duas horas em 25 de maio, um grupo do clã Al-Aksh começou a atirar em um posto de controle de policiais com morteiros e lança-granadas. Estes, ao revidarem, atingiram a mesquita, e esse era o objetivo real, para levar a uma maior provocação.

Em seguida, dois grupos de milicianos liderados pelos terroristas Nidal Bakkour e Al-Hassan Al Hallak, apoiados por uma unidade de mercenários, atacaram o posto de controle na periferia leste da cidade. Às 15h30 esse posto de controle foi tomado, e todos os prisioneiros executados: um recruta sunita teve a garganta cortada, enquanto Abdullah Shaui (beduíno) de Deir-Zor foi queimado vivo.

Durante o ataque ao posto do a leste, morreram 25 homens armados, que foram então mostrados aos observadores da ONU, juntamente com os 108 civis mortos -- "vítimas do regime" --, alegadamente mortos por bombardeio e artilharia do exército da Síria. Quanto aos restantes 83 corpos, incluindo 38 crianças, eram das famílias que foram executadas pelos milicianos. Estas famílias eram todas leais ao governo da Síria.


Entrevistas:

com um oficial da lei:

"Meu nome é Al Khosam, eu sou um policial. Servi na aldeia de Taldou, o distrito de Al-Houla, uma província de Homs. Na sexta-feira, o nosso posto de controle foi atacado por um grande grupo de milicianos. Havia milhares de pessoas.

Q: Como você se protegeu?

Resposta: Uma arma simples. Tivemos 20 pessoas, que chamamos de apoio, e quando eles estavam vindo para nós, eu estava ferido, e recuperei a consciência no hospital. Os agressores eram da Ar-Rastan e Al-Hula. Os insurgentes controlam Taldou. Eles queimaram casas e mataram pessoas das famílias que eram leais ao governo. Violentaram as mulheres e mataram as crianças. "


Entrevista com um soldado ferido:

"Eu sou Ahmed Mahmoud al Khali. Eu sou da cidade de Manbej. Fui ferido em Taldou. Eu sou de um grupo de apoio que veio em auxílio dos nossos companheiros, que estavam estacionados no posto.

Milicianos destruíram dois veículos de combate de infantaria e um BMP no nosso ponto de verificação. Nós saímos de Taldou em BMP, para pegar nossos camaradas feridos no posto de controle dentro da cidade. Colocamos-nos no BMP, e eu fiquei em seu lugar.

E depois de um tempo vieram os observadores da ONU. Nós os levamos às casas das famílias que foram esfaqueadas pelos bandidos.

Eu vi uma família de três irmãos e seu pai na mesma sala. Em outra sala encontramos mortas crianças e suas mães. Em outra -- um velho morto em casa. Apenas cinco homens, mulheres e crianças. A mulher estuprada e baleada na cabeça, cobri-a com um cobertor. E a comissão viu todos eles. Eles os colocaram no carro e foram embora. Eu não sei aonde eles os levaram, provavelmente para o enterro. "


Um residente de Taldou no telhado do departamento de polícia:

"Na tarde de sexta-feira eu estava em casa. Ouvir os tiros, saí para ver o que estava acontecendo e vi que o fogo veio do lado norte, em direção ao local do posto de controle militar. Como o Exército não respondeu, elas começaram a se aproximar das casas, onde posteriormente as famílias foram mortas. Quando o exército começou a retornar o fogo, eles usaram as mulheres e crianças como escudos humanos e continuaram a disparar contra a barreira. Quando o exército começou a responder, eles fugiram. Depois disso, o exército resgatou as mulheres e crianças sobreviventes e os trouxe em segurança. Neste momento, a Al Jazeera colocou no ao ar imagens dos mortos e disse que o Exército cometera o massacre de Al Houla.

Na verdade, eles [terroristas] mataram os civis e crianças em Al-Houla. Eles roubam tudo que podem carregar: trigo, farinha, óleo e gás. A maioria dos milicianos são da cidade de Ar Rastan ".

Depois que eles tomaram a cidade, eles carregaram os corpos de seus companheiros mortos, assim como os corpos das pessoas e as crianças que mataram, à mesquita. Eles levaram os corpos em pickups KIA. Em 25 de maio, por volta das 20:00, os corpos já estavam na mesquita. No dia seguinte, às 11 horas da manhã, os observadores da ONU chegaram à mesquita.


Desinformação dos media

Para exercer pressão sobre a opinião pública e alterar as posições da Rússia e da China, textos e legendas em russo e chinês foram preparadas com antecedência, dizendo: "Síria - Homs - na cidade de Houla. Um terrível massacre perpetrado pelas forças armadas do regime sírio contra civis na cidade de Houla. Dezenas de vítimas e seu número está crescendo, principalmente mulheres e crianças, brutalmente assassinados por indiscriminado bombardeamento da cidade."

Dois dias depois, em 27 de maio, depois que histórias e gravações de vídeo feitas pelos moradores mostraram que os fatos não confirmam a alegação de bombardeios e artilharia, os vídeos dos bandidos sofreram alterações significativas. No final do texto aparece este postscript: "e alguns foram mortos com facas."

Marat Musin, Olga Kulygina, Al-Houla, Síria

Texto original / fonte: http://maramus.livejournal.com/86539.html

http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=31184

http://www.scoop.it/t/the-greatest-wepons-is-not-a-gun-nor-it-is-nuclear-it-is-information-control/p/1885918515/the-houla-massacre-opposition-terrorists-killed-families-loyal-to-the-government?sc_source=http%3A%2F%2Flibyasos.blogspot.com.br%2F

http://libyasos.blogspot.com.br/




Siria, La Gran Mentira !!!

(Enviado por mundodesconocido em 06/02/2012)

Um comentário:

  1. Impressionante como é o mesmo roteiro que o império usou na Líbia. Com a variante da posição de Russia e China. Muito Triste!O governo devia atacar forte os mercenários.

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