sexta-feira, 24 de maio de 2013

40 ANOS DA FRENTE POLISARIO



Tindouf (Argélia), 10 maio (EFE) - "O secretário-geral da Frente Polisário e presidente da República Árabe Saaraui Democrática, Mohamed Abdelaziz, enviou uma mensagem de esperança e de luta ao povo saaraui durante a comemoração do 40º aniversário da fundação do movimento de independência do Saara Ocidental."



"O PCP (Partido Comunista Português) fez-se representar por João Ramos, deputado na Assembleia da República, nas iniciativas de comemoração do 40.º aniversário da Frente Polisário, realizadas nos passados dias 10 e 11 de Maio, nos acampamentos de refugiados saaráuis na região de Tindouf, na Argélia.

A resistência e luta armada da Frente Polisário – primeiro contra o colonialismo espanhol e, posteriormente, a ocupação marroquina –, iniciada em 1973 e interrompida pelo cessar-fogo de 1991, foi determinante para o reconhecimento e exigência do direito do povo Saaráui à autodeterminação, nomeadamente pelo estabelecimento de uma missão da ONU cujo objectivo é vigiar o cessar-fogo e monitorizar a realização de um referendo. Contudo, o Reino de Marrocos, ocupante ilegal do Saará Ocidental, nunca permitiu a realização da consulta popular.

Coloca-se como imperiosa a resolução deste conflito que mantém o Saará Ocidental como a última colónia africana e o seu povo dividido entre os territórios ocupados e os acampamentos de refugiados, reiterou o PCP nas comemorações em Tindouf, onde reafirmou, igualmente, na mensagem que entregou à Frente Polisário, a solidariedade de sempre para com a luta pela libertação do Saará Ocidental e pelo direito do povo Saaráui à autodeterminação, a ter o seu país, a gerir os seus recursos e a decidir o seu futuro."

http://www.avante.pt/pt/2060/internacional/125291/



Tebraa: Retrato de Mujeres Saharauis from sahara libre on Vimeo.




BRASIL

O PCB adverte:

"O leilão do petróleo, parte do maior processo de privatizações
na história do Brasil

A 11ª rodada de licitações de petróleo, ocorrida na última semana, não é exceção e sim regra na política traçada e posta em execução pelo Governo Federal e sua base de sustentação, em sua forma de se relacionar com a crise do capitalismo: a de exercer o maior processo de privatizações na história do Brasil, em salvaguarda ao capital privado nacional ou estrangeiro. 

Dessa estratégia fazem parte as chamadas 'privatizações brancas', como colocar os recursos financeiros e humanos de empresas estatais como o BNDES, a Petrobrás, a Caixa e o Banco do Brasil a serviço de entes privados, no que se convencionou chamar de 'política de formação dos campeões nacionais', ou em benefício explícito a grupos econômicos como o controlado pelo mega especulador Eike Batista; seja através da privatização nua e crua, como ocorre em todo o setor de infra-estrutura física (portos, aeroportos, estradas) quanto de telecomunicações (através da desoneração de R$ 6 mil milhões em impostos, para garantia de que as operadoras consigam fazer os investimentos previstos em contratos com o Estado). 

Privatiza-se ainda o presente e o futuro da previdência pública – a aposentadoria dos trabalhadores – através de mais desonerações, e o quadro tende a piorar com a retirada de direitos trabalhistas através do chamado Acordo Coletivo Especial (ACE), que conta com a aprovação militante das cúpulas do sindicalismo pelego atrelado ao governo. 

Causa-nos estranheza, portanto, que este sindicalismo tenha vindo a público se comportar como se fosse realmente contrário ao leilão do petróleo, como tentaram fazer crer na última semana. A entrega dos recursos energéticos, reafirmamos, é regra e não exceção na política de Dilma – mesmo que seja a 'cereja do bolo' de todo este processo. 

11º Rodada – nem FHC ousou tamanho crime 

Na terça-feira, 14 de maio, foram entregues a um capitalismo claudicante, exasperado por investimentos seguros e que garantam liquidez, 289 blocos de exploração de petróleo em 11 Estados – com previsão de produzir de 10 a 13,5 mil milhões de barris. Esses são números conservadores. 

A própria Agência Nacional do Petróleo (ANP) declarou que nos blocos licitados deverão ser descobertos 19,1 mil milhões de barris de petróleo e gás que, com base no atual valor de mercado, alcançam o preço de venda de US$ 2 milhões de milhões. 

É revoltante, portanto, toda a mistificação da imprensa de que houve recorde de arrecadação (US$ 2,8 mil milhões), já que a quantia arrecadada somou cerca de 1 milésimo do valor de mercado e que serviria apenas para reformar – com o 'ágio' da corrupção – dois Maracanãs. Parêntesis: a desoneração da folha de pagamentos aprovada pelo governo Dilma inclui as empresas jornalísticas e de radiodifusão, beneficiadas até 31 de dezembro de 2014. 

Tamanho crime de lesa pátria não pára por aí: as regras da entrega do pré-sal devem ser publicadas até julho, e a nova rodada de 'licitações' está programada para novembro. 

Nesses seis meses que nos separam desse desastre anunciado, o Partido Comunista Brasileiro convida todos os trabalhadores a se somarem na luta contra tal crime. É preciso ainda re-estatizar a Petrobrás sob controle popular, e dar fim à existência da malfadada ANP."

17/maio/2013 - http://resistir.info/brasil/nota_leilao_17mai13.html





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