ALEPO, SÍRIA - Os "rebeldes moderados" do grupo "Harakat Nour al-Din al-Zenki", apoiado pelos EUA, capturaram um garoto palestino com 11 anos de idade, acusando-o de ser um "espião" da milícia palestina pró-governo Liwa al-Quds, e o decapitaram por isso. A atrocidade ocorreu no campo de refugiados "Handarat", controlado pelo grupo, no norte de Alepo. O "Nour al-Din al-Zenki" opera na região da cidade de Alepo e recebe ajuda financeira dos Estados Unidos, em um programa da CIA para apoiar os chamados "grupos rebeldes moderados".
Nour al-Din al-Zenki é afiliado ao Supremo Comando Militar (SMC) do Exército Livre da Síria (FSA) e, como grande parte das unidades do FSA, colabora com vários outros grupos jihadistas, incluindo a filial da Al-Qaeda na Síria, a Frente Al-Nusra.
O porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Mark Toner, disse a repórteres em uma coletiva diária na terça-feira que os EUA podem reconsiderar a assistência ao grupo se os relatos da decapitação forem confirmados. Toner se recusou a fornecer qualquer informação sobre a reação esperada dos EUA.
Enquanto isso, os ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos alegadamente mataram cerca de 60 civis na aldeia de Tokhar perto de Manbij na Síria. Vários relatos sugerem os números de 56 a 120 civis mortos, incluindo crianças, como resultado dos ataques aéreos dos EUA. Na segunda-feira, 21 civis foram mortos em ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA no bairro Hazawneh no norte da Manbij. A coalizão, que tem fornecido apoio aéreo para a operação militar liderada pelos curdos em Manbij, ainda não forneceu comentários. No entanto, se eles ainda comentarem, é claro que vão qualificar esses fatos como um erro comum e esquecê-lo como fizeram com o hospital dos Médicos Sem Fronteiras em Kunduz, no Afeganistão.
https://southfront.org/syrian-war-report-july-20-2016-us-backed-rebels-beheaded-11yo-kid/
AVIÕES AMERICANOS E FRANCESES MATAM 140 CIVIS
(o menino que será decapitado aparece dos 3'22" aos 3'48")
A Síria está exigindo a ação da ONU depois que aviões de guerra franceses mataram mais de 120 civis durante ataques aéreos na terça-feira, perto da fronteira turco-síria. As mortes ocorreram apenas um dia após ataques aéreos dos EUA matarem mais 20 pessoas em Manbij.
O Ministério das Relações Exteriores sírio enviou cartas ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, que no momento está no Japão.
Damasco quer que a ONU investigue as atrocidades cometidas pela França, que é membro da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, ao alvejar a aldeia de Toukhan Al-Kubra, localizada perto da fronteira turco-síria e da cidade de Manbij.
"A agressão injustificada da França custou a vida de mais de 120 civis, a maioria deles crianças, mulheres e idosos, além de dezenas de cidadãos feridos, a maioria deles também crianças e mulheres, enquanto se relata que é desconhecido também o destino de dezenas de outros civis que ainda estão nos escombros", escreveu o Ministério das Relações Exteriores sírio, citado pela Agência SANA.
Na carta, o Ministério das Relações Exteriores sírio acrescentou que condena o contínuo apoio dos EUA, França, Arábia Saudita, Reino Unido e Qatar a organizações terroristas como a Frente Al-Nusra e Jaish Al-Islam, apesar destes grupos terem ligações claras com o Estado Islâmico (IS, ISIS, ISIL) e a Al-Qaeda.
Em uma entrevista à NBC News na semana passada, o presidente sírio Bashar Assad, afirmou que os EUA não estão interessados em derrotar os terroristas na Síria, mas na verdade querem "controlá-los e usá-los."
https://www.rt.com/news/352255-france-syria-civilians-dead/
Veja fotos dos ataques em:
https://www.almasdarnews.com/article/french-air-force-avenges-nice-massacre-kills-100-civilians-pictures/
Síria exige da ONU a condenação do crime terrorista
de decapitação de um menino palestino em Alepo
Damasco, SANA - (excerto) - O Ministro do Exterior e Expatriados enviou na quarta-feira duas cartas idênticas ao Secretário-Geral da ONU e ao Chefe do Conselho de Segurança sobre o assassinato de um menino palestino por terroristas em um campo de acolhimento de refugiados palestinos perto da cidade de Alepo.
Nas cartas, o Ministério disse que o governo sírio exige do Secretário Geral da ONU e do Chefe do Conselho de Segurança a condenação de todos os crimes cometidos contra os cidadãos sírios e os residentes nos campos de refugiados palestinos na Síria.
O Ministério destacou que as fitas de vídeo que foram divulgadas pelos terroristas mostram o garoto, que está vestindo roupas civis, cercado por um grupo de terroristas dentro de uma caminhonete e em uma de suas mãos vestígios de contusões e ferimentos. O vídeo mostra um dos açougueiros do "Movimento Nour al-Din al-Zenki" cortando longitudinalmente o pescoço da criança e, em seguida decapitando-o, aos gritos e aplausos dos demais criminosos terroristas.
O Ministério acrescentou que depoimentos de cidadãos confirmaram que o menino era palestino e chamava-se Abdullah Essa e era um dos moradores remanescentes no campo para refugiados palestinos em Handarat na província de Alepo, onde os terroristas o capturaram e o apresentaram como um combatente da Brigada al-Quds [pró-Assad], o que é negado pelos comandantes da Brigada nos meios de comunicação.
O Ministério declarou que o governo da República Árabe da Síria condena o crime imoral e desumano cometido pelo Movimento Nour al-Din al-Zenka, apoiado pelos regimes em Riade, Doha, Ancara e a administração dos EUA e de outros países ocidentais que ainda qualificam esses grupos como "grupos de oposição moderados" e ainda os apoiam com dinheiro e armas, apesar de seus crimes contra civis [isto é, por isso mesmo], como Jaish al-Fatah, Jabhat al-Nusra, Movimento Nour al-Din al-Zenki, Jaish al-Islam e muitos outros.
O Ministério das Relações Exteriores acrescentou que o governo da República Árabe da Síria exorta as Nações Unidas a condenar este crime hediondo perpetrado contra uma criança inocente e exige ao Conselho de Segurança da ONU a assumir a sua responsabilidade na preservação da paz e da segurança internacional, com a adoção de medidas punitivas contra os países e regimes que apoiam e financiam o terrorismo, e a impedi-los de apoiar o terrorismo, obrigando-os a respeitar e aplicar as resoluções da ONU pertinentes, de números 2170, 2178, 2199 e 2253.
http://sana.sy/en/?p=83122
ENTREVISTA DE BASHAR AL-ASSAD À PRENSA LATINA (Esp.)
Presidente al Assad concede entrevista a la Agencia Informativa Latinoamericana de Noticias (Prensa Latina)
Damasco, SANA
El
presidente Bashar al Assad concedió este jueves una entrevista a la
Agencia Informativa Latinoamericana de Noticias (Prensa Latina), en la
cual abordó varias cuestiones sobre Siria y la región.
Al Assad: el Ejército sirio ha logrado y sigue logrando avances y está decidido a derrotar a los terroristas
En
la entrevista, el presidente dijo que los terroristas reciben respaldo
de diferentes confines del mundo, y existen más de cien nacionalidades
que participan en la agresión contra Siria, contando con el apoyo de
ciertos países como Arabia Saudita y Qatar que los financian, y Turquía
que les ofrece respaldo logístico.
Precisó que desde que los
rusos decidieron combatir al terrorismo en Siria, básicamente al Frente
Al-Nusra, el Estado Islámico y otras agrupaciones vinculadas a estas dos
entidades extremistas, el equilibrio de fuerzas se inclina ahora a
nuestro favor y en contra de esos grupos.
Asimismo, enfatizó que
el ejército sirio ha logrado y sigue logrando avances en diferentes
partes de Siria y está decidido a derrotarlos.
Sobre la situación
en Alepo, el mandatario sirio apuntó que los turcos y sus aliados
sauditas y qataríes perdieron muchas de sus cartas en los campos de
batalla en Siria, de modo que esta urbe es su última carta,
especialmente para el presidente turco Recep Tayyib Erdogan, quien se
esforzó al máximo con los sauditas para enviar allí el mayor número
posible de terroristas, que ahora suman alrededor de cinco mil.
También,
señaló que el ejército logró avances en Alepo y sus alrededores,
buscando cercar a los terroristas para luego negociar con ellos para que
retornen a su vida normal o abandonaran esa zona, o de otro modo serían
derrotados, porque no hay otra opción.
Al-Assad: prioridad del ejército radica en la lucha contra el Daesh, el Frente al Nusra, Ahrar Al-Sham y el Ejército del Islam
El
líder sirio precisó que la prioridad del ejército sirio radica en la
lucha contra el Daesh, el Frente al Nusra, Ahrar Al-Sham y el Ejército
del Islam, destacando que esos cuatro grupos están directamente
vinculados con Al-Qaeda, ya que comparten la misma ideología.
Con
respecto a los grupos de defensa popular, el presidente explicó que los
terroristas al inicio de la guerra desataron una guerra no convencional
contra nuestro ejército, y por consiguiente, el respaldo que ofrecieron
estos grupos resultó de suma importancia para derrotar a los
terroristas con una táctica no convencional.
Al Assad: la guerra contra Siria es integral y no se limita al respaldo ofrecido a los terroristas
Según
el mandatario sirio, la guerra contra Siria es integral porque no se
limita al respaldo ofrecido a los terroristas, sino que además desata
una contienda política contra el país a nivel internacional…
Agregó
que el tercer frente es el económico y los enemigos de Siria dan
órdenes a sus extremistas y agentes mercenarios para destruir la
infraestructura que levantó la economía siria y que satisfacía las
necesidades diarias de los ciudadanos.
“Al mismo tiempo,
comenzaron a imponer un embargo directo en las fronteras de nuestra
nación, haciendo uso de esos elementos irregulares, y desde el exterior,
empleando los sistemas bancarios en todo el mundo”, aclaró.
Aseguró
el presidente que el pueblo sirio está determinado a seguir una vida
normal, dentro de lo posible, y esta situación ha impulsado a muchos
hombres de negocio, básicamente a industriales medianos y pequeños, a
abandonar las zonas de conflictos, las más inestables y dirigirse a
otras de mayor estabilidad.
El presidente puntualizó que a pesar
de la actual situación, el gobierno sirio no escatima esfuerzos para
ampliar de nuevo la base de nuestra economía, sobre todo después de los
avances que logra el ejército en diferentes zonas de combate.
Al Assad: si no fuera por las posturas rusas y chinas, la ONU hubiera sido completamente una institución estadounidense
En
respuesta a una pregunta sobre el papel que desempeña Naciones Unidas
en el conflicto sirio y de los intentos de Washington y sus aliados de
imponer su voluntad sobre el Consejo de Seguridad, el presidente al
Assad dijo que el papel de Naciones Unidas y el Consejo de Seguridad es
ambiguo o confuso, ya que Naciones Unidas, en realidad constituye
actualmente un instrumento que Estados Unidos puede utilizar de la
manera que desee.
Explicó que Washington tiene la posibilidad de
imponerle sus normas de doble rasero en lugar de que adopten la Carta de
la organización, y pueden utilizarla como lo hacen con cualquier otra
institución en la administración norteamericana..
También,
resaltó que si no fuera por las posturas rusas y chinas hacia ciertas
causas, la ONU hubiera sido completamente una institución
estadounidense; y por consiguiente Rusia y China lograron cierto
equilibrio en estas instituciones en los últimos cinco años,
especialmente con respecto a la causa siria.
Sobre los mediadores
y enviados de la ONU como Staffan De Mistura, Kofy Anan y Lakdar
Brahimi, el presidente dijo que ellos no son independientes porque
reflejan las presiones que ejercen los países occidentales o en algunos
casos el diálogo existente entre las principales potencias,
principalmente Rusia y Estados Unidos.
Al Assad: la armonía entre los diferentes espectros del tejido sirio es verdadera y auténtica
Por
otro lado, el presidente dijo que la armonía entre los diferentes
espectros del tejido sirio es verdadera y auténtica, porque fue
construida a lo largo de la historia y a lo largo de siglos, por
consiguiente, en semejante conflicto, es imposible destruir a este
tejido social.
Añadió que durante el conflicto, esta armonía
mejoró y se fortaleció más porque la gente ha aprendido que debemos
trabajar con mucha fuerza para conservar esta armonía, ya que el primer
discurso que utilizaron los terroristas y sus aliados en la región y en
Occidente respecto al conflicto en Siria, era sectario.
El líder
sirio aclaró que aquellos que pertenecen básicamente a facciones
extremistas vinculadas con Al-Qaeda no escatimaron esfuerzos para
introducir su ideología oscurantista en la mente de las nuevas
generaciones, esta ideología que aboga por la muerte, la decapitación y
todas esas horrendas prácticas. Y han tenido éxito en algunas zonas.
Al Assad: desde el inicio de la intervención estadounidenses el Daesh se ha expandido
Respecto
al papel que desempeña la coalición liderada por Estados Unidos en lo
referente a los grupos desplegados en el norte de Siria, especialmente
los kurdos, el presidente dijo que cuando las administraciones
estadounidenses tienen relaciones con cualquier grupo o sociedad en un
país, ello no se produce en beneficio de esa nación ni de su gente, sino
al servicio de la agenda de Estados Unidos.
Precisó que todo
este respaldo estadounidense no tiene que ver con el Daesh ni Al-Nusra y
tampoco la lucha contra el terrorismo, pues desde el inicio de la
intervención estadounidenses, el Daesh se ha expandido, no ocurre lo
contrario; y únicamente comenzó a reducirse cuando comenzó el respaldo
ruso al ejército sirio en el pasado mes de septiembre.
En
respuesta a una pregunta de PL sobre el golpe de estado que tuvo lugar
recientemente en Turquía, el presidente dijo que este golpe es un
reflejo de la inestabilidad y los disturbios dentro de Turquía,
especialmente a nivel social.
El jefe de estado sirio destacó que
independientemente de quien gobernará a Turquía y quien será su
presidente, este es un asunto interno, y Siria no interviene y no comete
el error de decir que Erdogan debe salir del poder o debe quedarse.
Esta es una cuestión turca y el pueblo turco debe decidir en este tema.
Aseguró
que lo sucedido después del golpe reflejan las malas intenciones de
Erdogan, su mal carácter y sus verdaderos fines respecto a lo ocurrido,
ya que ha utilizado el golpe para ejecutar su agenda extremista que es
la misma de la Hermandad Musulmana en suelo turco, y esto es muy
peligroso para Turquía y para los países vecinos, incluida Siria.
Al Assad: el concepto de oposición significa utilizar medios pacíficos y no respaldar a los terroristas
En
cuanto a las relaciones del Gobierno sirio con la oposición que radica
dentro del país, el presidente dijo que el Gobierno tiene buenas
relaciones con la oposición dentro de Siria, basadas en los principios
nacionales y obviamente ellos tienen sus propias agendas políticas y
doctrinas, y nosotros tenemos nuestra agenda y doctrina.
Señaló
que no se puede comparar a esa oposición interna con aquella oposición
radicada fuera de Siria, puesto que el concepto de oposición significa
utilizar medios pacíficos y no respaldar a los terroristas, que no se
forme fuera del país y que tenga una base popular con los sirios que
viven aquí.
También, explicó que las bases populares no pueden
ser dirigidas desde las cancillerías en Reino Unido o Francia o los
servicios de inteligencia en Qatar, Arabia Saudita y Estados Unidos.
Al Assad: “estoy aquí gracias al respaldo del pueblo sirio, si no fuera por ello no estaría aquí”
Con
respecto a los llamados de EE.UU y otros países a que el presidente
sirio debe abandonar el poder, al Assad dijo que “ellos hablan del
asunto desde hace cinco años y nunca le hemos conferido importancia a
sus planteamientos, ni siquiera respondimos con una declaración, y por
consiguiente no nos importa y tampoco perdemos tiempo pensando en lo que
dicen. “Estoy aquí gracias al respaldo del pueblo sirio, si no fuera por ello no estaría aquí” enfatizó.
Con
respecto a manchar la reputación o sus intentos de satanizar a ciertos
presidentes, el presidente dijo que esta es la manera de Estados Unidos,
al menos desde la Segunda Guerra Mundial, desde que ocuparon el lugar
del colonialismo británico en esta región y posiblemente en el mundo
entero.
Al Assad: Cuba que siempre ha sido la punta de lanza del movimiento independentista en América Latina
En
respuesta a una pregunta sobre las relaciones de Siria con América
Latina, el mandatario sirio dijo que a pesar de la gran distancia entre
Siria y América Latina, nos sorprende siempre el nivel de conocimiento
que posee la gente en esa región, no tan solo los políticos, sobre esta
zona del mundo.
Puntualizó que los países latinoamericanos
sufrieron hace mucho tiempo la ocupación directa, pero luego la acción
de las compañías norteamericanas, los golpes de estado y la injerencia
estadounidense.
Agregó que el asunto más importante en esa zona
del mundo es el papel de Cuba, que siempre ha sido la punta de lanza del
movimiento independentista en América Latina, Fidel Castro es símbolo
en este contexto.
Asimismo, indicó que las relaciones no deben
limitarse a los aspectos histórico y político, ya que existen varios
sectores y los habitantes de ambas regiones deben conocerse más, y la
distancia podría constituir un obstáculo, pero la situación no debe ser
así.
Al Assad: América Latina es un ejemplo bueno e importante
para el mundo sobre cómo los pueblos y los gobiernos lograron recuperar
su independencia
Sobre el mensaje que quiere hacer llegar
mediante esta entrevista con Prensa Latina a los gobiernos y pueblos de
América Latina y del Caribe, el presidente sirio dijo que América Latina
es un ejemplo bueno e importante para el mundo sobre cómo los pueblos y
los gobiernos lograron recuperar su independencia.
Acotó que los
pueblos de América Latina se han sacrificado mucho para logar su
independencia, y después que la recuperaron se convirtieron de países en
vías de desarrollo o incluso desarrollados.
Agregó que Cuba ha
sufrido más que cualquier otro país de América Latina los intentos de
Estados Unidos, y ha tenido éxito en hacer frente a todos estos intentos
a lo largo de más de cincuenta años, solo porque su gobierno representa
al pueblo cubano.
AL Assad: Siria está pagando el precio de su independencia
El
mandatario manifestó que Siria está pagando el precio de su
independencia, y el problema de Occidente es que no acepta a ningún país
independiente, y esto es lo que ocurre con Cuba también.
Consideró
que preservar la autodeterminación de un país, no constituye un caso
aislado, ya que si uno quiere ser independiente, debe apoyar la
independencia en todo el mundo, porque si actúa solo, entonces será
débil.
A continuación, el texto íntegro de la entrevista
PRENSA
LATINA: Señor presidente, muchas gracias por concederle a Prensa Latina
esta histórica oportunidad para transmitirle al mundo su punto de vista
respecto a la situación en Siria, ya que como usted conoce, existen
muchas informaciones manipuladas sobre la agresión extranjera que
enfrenta su país.
Señor presidente, ¿cómo valora la actual
situación militar en Siria y cuáles son los principales desafíos que
enfrentan las fuerzas armadas sobre el terreno en la lucha contra los
grupos antigubernamentales? Si fuera posible, queremos conocer de usted
su opinión respecto a la situación actual en los frentes de combate en
Alepo y Homs.
PRESIDENTE: Obviamente, los terroristas recibieron
mucho respaldo de diferentes confines del mundo. Existen más de cien
nacionalidades que participan en la agresión contra Siria, contando con
el apoyo de ciertos países como Arabia Saudita y Qatar que los
financian, y Turquía que les ofrece respaldo logístico.
Sin lugar
a dudas, también con la aprobación y supervisión de estados
occidentales, encabezados por Estados Unidos, Francia, Reino Unido y
otros aliados.
Pero desde que los rusos decidieron combatir al
terrorismo en Siria, básicamente al Frente Al-Nusra, el Estado Islámico
(Daesh) y otras agrupaciones vinculadas a estas dos entidades
extremistas, el equilibrio de fuerzas se inclina ahora a nuestro favor y
en contra de esos grupos.
El ejército sirio ha logrado y sigue logrando avances en diferentes partes de Siria y está decidido a derrotarlos.
La situación en Homs, desde que la abandonaron los terroristas hace más de un año, ha mejorado y está mucho más estable.
Hubo
algunos distritos de la ciudad en los cuales se infiltraron los
extremistas, y ahora existe allí un proceso de reconciliación, sobre la
base del cual los terroristas, o abandonan sus armas y retornan a su
vida normal para gozar de la amnistía gubernamental, o salen de Homs
hacia otra parte de Siria, exactamente como ocurrió hace más de un año
en la zona del centro de dicha urbe.
Pero la situación es
diferente en Alepo, ya que los turcos y sus aliados sauditas y qataríes
perdieron muchas de sus cartas en los campos de batalla en Siria, de
modo que esta urbe es su última carta, especialmente para el presidente
turco Recep Tayyib Erdogan, quien se esforzó al máximo con los sauditas
para enviar allí el mayor número posible de terroristas, que ahora suman
alrededor de cinco mil.
Esto lo hicieron en los últimos dos meses desde Turquía hacia Alepo con el fin de ocuparla, pero fracasaron.
En
realidad, nuestro ejército logró avances en esa ciudad y sus
alrededores, buscando cercar a los terroristas para luego negociar con
ellos para que retornen a su vida normal o abandonaran esa zona, o de
otro modo serían derrotados, porque no hay otra opción.
PRENSA
LATINA: ¿Cuáles son las prioridades del ejército sirio en su lucha
contra los grupos terroristas? ¿Cuál es el papel que desempeñan los
grupos de defensa popular en el teatro de operaciones?
PRESIDENTE:
La prioridad del ejército sirio, radica en la lucha contra el Daesh, el
Frente al Nusra, Ahrar Al-Sham (Los Libres del Levante) y Yeish
Al-Islam (Ejército del Islam).
Estos cuatro grupos están
directamente vinculados con Al-Qaeda, ya que comparten la misma
ideología. Son islamistas extremistas que quieren eliminar a todos
aquellos que no están de acuerdo con ellos y que no actúan como ellos.
Con
respecto a los grupos de defensa popular, los terroristas al inicio de
la guerra desataron una guerra no convencional contra nuestro ejército,
que es una organización convencional, como cualquier otro del mundo.
Por
consiguiente, el respaldo que ofrecieron estos grupos resultó de suma
importancia para derrotar a los terroristas con una táctica no
convencional.
Ello ha constituido una gran ayuda al ejército
sirio, pues estos combatientes luchan en sus propias zonas, ciudades y
aldeas, que conocen muy bien. Es decir dominan muy bien las rutas, los
caminos y la geografía de sus zonas y en este marco ofrecen gran ayuda
al Ejército sirio y esa es su misión.
PRENSA LATINA: ¿Cómo se
materializa la resistencia del pueblo sirio contra la agresión
extranjera en el frente económico? ¿Cuáles son los sectores en esa
esfera que siguieron funcionando a pesar de la guerra, las sanciones
internacionales y los actos de sabotaje?
PRESIDENTE: En realidad,
la guerra contra Siria, es integral, porque no se limita al respaldo
ofrecido a los terroristas, sino que además desata una contienda
política contra nuestro país a nivel internacional…
El tercer
frente es el económico, ellos dan órdenes a sus extremistas y agentes
mercenarios para destruir la infraestructura que levantó la economía
siria y que satisfacía las necesidades diarias de los ciudadanos.
Al
mismo tiempo, comenzaron a imponer un embargo directo en las fronteras
de nuestra nación, haciendo uso de esos elementos irregulares, y desde
el exterior, empleando los sistemas bancarios en todo el mundo.
A
pesar de ello, el pueblo sirio está determinado a seguir una vida
normal, dentro de lo posible. Esta situación ha impulsado a muchos
hombres de negocio, básicamente a industriales medianos y pequeños, a
abandonar las zonas de conflictos, las más inestables y dirigirse a
otras de mayor estabilidad.
Allí establecen sus negocios a nivel
más reducido, en pro de conservar su existencia, mantener la actividad
económica y seguir satisfaciendo la demanda de nuestros ciudadanos.
En
este marco, la mayoría de los sectores siguen funcionando. Por ejemplo,
la industria farmacéutica, trabaja con más del 60 por ciento de su
capacidad productiva y ello es algo muy importante para nuestra
economía, en estas circunstancias que atravesamos.
Creo que a
pesar de la actual situación, no escatimamos esfuerzos para ampliar de
nuevo la base de nuestra economía, sobre todo después de los avances que
logra el ejército en diferentes zonas de combate.
PRENSA LATINA:
Señor presidente: hablemos un poco sobre el ambiente internacional.
¿Qué opina del papel que desempeña Naciones Unidas en el conflicto sirio
y de los intentos de Washington y sus aliados de imponer su voluntad
sobre el Consejo de Seguridad y en las conversaciones de Ginebra?
PRESIDENTE:
Hablar sobre el papel de Naciones Unidas y el Consejo de Seguridad,
podría resultar ambiguo o confuso, ya que Naciones Unidas, en realidad
constituye actualmente un instrumento que Estados Unidos puede utilizar
de la manera que desee.
Washington tiene la posibilidad de
imponerle sus normas de doble rasero en lugar de que adopten la Carta de
la organización. Pueden utilizarla como lo hacen con cualquier otra
institución en la administración norteamericana..
Si no fuera por
las posturas rusas y chinas hacia ciertas causas, la ONU hubiera sido
completamente una institución estadounidense. Por consiguiente Rusia y
China lograron cierto equilibrio en estas instituciones en los últimos
cinco años, especialmente con respecto a la causa siria.
Pero si
quieres hablar de su papel a través de sus mediadores y enviados, como
el señor Staffan De Mistura últimamente y antes Kofy Anan y entre ellos
Lakdar Brahimi y otros, podemos decir que estos mediadores no son
independientes.
Estos funcionarios reflejan las presiones que
ejercen los países occidentales o en algunos casos el diálogo existente
entre las principales potencias, principalmente Rusia y Estados Unidos.
Ellos no son estables y debido a ello no puedes hablar del papel de
Naciones Unidas.
Es un reflejo de este equilibrio, y por ello no
existe un papel de Naciones Unidas en el conflicto sirio, únicamente hay
un diálogo ruso-estadounidense y nosotros sabemos que los rusos no
escatiman esfuerzos y trabajan con toda sinceridad y honestidad para
derrotar a los terroristas.
Sin embargo, los estadounidenses maniobran para utilizar a los terroristas y no para derrotarlos.
PRENSA
LATINA: Señor presidente: ¿Cómo ve actualmente la convivencia entre los
grupos étnicos y religiosos sirios de cara a esta injerencia
extranjera? ¿Qué impacto tiene este factor en la coyuntura actual?
PRESIDENTE:
El asunto más importante respecto a esta armonía entre los diferentes
espectros del tejido sirio, es que es verdadera y auténtica, porque fue
construida a lo largo de la historia y a lo largo de siglos, por
consiguiente, en semejante conflicto, es imposible destruir a este
tejido social.
Si realizas un recorrido en las diferentes zonas
bajo control del gobierno, puedes ver todos los colores del espectro de
la sociedad siria conviviendo juntos.
Puedo añadir que durante el
conflicto, esta armonía mejoró y se fortaleció más, y esto no son puras
palabras, es una realidad que tiene diferentes razones. El conflicto es
una lección, y esta diversidad que caracteriza a una determinada
sociedad, o enriquece al país o se convierte en un problema, no hay
término medio.
La gente ha aprendido que debemos trabajar con
mucha fuerza para conservar esta armonía, ya que el primer discurso que
utilizaron los terroristas y sus aliados en la región y en Occidente
respecto al conflicto en Siria, era sectario.
Querían dividir a
la gente para que chocaran entre sí con el fin de atizar el fuego en
Siria, pero fracasaron. Los sirios aprendieron la lección de que vivimos
en armonía y que gozábamos de esta en los tiempos normales antes del
estallido del conflicto, pero debemos esforzarnos para fortalecerla.
Y
por ello, sin ninguna exageración, puedo decir que en ese aspecto la
situación está bien. A pesar de ello, podemos decir que esto es
diferente en las zonas bajo control de los terroristas.
Como
usted sabe, aquellos que pertenecen básicamente a facciones extremistas
vinculadas con Al-Qaeda no escatimaron esfuerzos para introducir su
ideología oscurantista en la mente de las nuevas generaciones, esta
ideología que aboga por la muerte, la decapitación y todas esas
horrendas prácticas. Y han tenido éxito en algunas zonas.
Con el
paso del tiempo, será más difícil tratar con esta nueva generación de
los jóvenes saturados con la doctrina y la ideología de los Wahabitas y
de Al-Qaeda. Entonces allí radica el único peligro que enfrentaremos en
lo referente a nuestra sociedad en cuanto a la armonía y convivencia a
que te has referido.
PRENSA LATINA: Señor presidente: volvamos al
tema del escenario internacional. ¿cuál es su opinión sobre el papel
que desempeña la coalición liderada por Estados Unidos en lo referente a
los grupos desplegados en el norte de Siria, especialmente los kurdos?.
PRESIDENTE:
Como usted conoce, cuando las administraciones estadounidenses tienen
relaciones con cualquier grupo o sociedad en un país, ello no se produce
en beneficio de esa nación ni de su gente, sino al servicio de la
agenda de Estados Unidos.
Por consiguiente, la pregunta que
debemos hacer es: ¿por qué los estadounidenses apoyan a cualquier grupo
en Siria? No es para beneficiarla, sin lugar a dudas, porque ellos
poseen su propia agenda y siempre la agenda norteamericana ha sido
divisionista en todos los países.
Ellos no trabajan para unir a
la gente, sino para dividirla. Algunas veces escogen a un grupo
sectario, y otras a un grupo étnico para apoyarlo en contra de las demás
etnias o para impulsarlo a alejarse de las otras facciones de la
sociedad. Esa es su agenda.
Entonces es obvio que todo este
respaldo estadounidense no tiene que ver con el Daesh ni Al-Nusra y
tampoco la lucha contra el terrorismo, pues desde el inicio de la
intervención estadounidenses, el Daesh se ha expandido, no ocurre lo
contrario. Únicamente comenzó a reducirse cuando comenzó el respaldo
ruso al ejército sirio en el pasado mes de septiembre.
PRENSA
LATINA: Señor presidente: ¿qué opina del golpe de estado que tuvo lugar
recientemente en Turquía y como afecta la actual situación en este país,
a nivel internacional y también al conflicto en Siria?
PRESIDENTE:
Debemos mirar a este golpe como un reflejo de la inestabilidad y los
disturbios dentro de Turquía, especialmente a nivel social. Es posible
que el efecto sea de carácter político o de cualquier otro, pero en
definitiva cuando un país se desestabiliza, la causa principal radica en
su propia sociedad.
Esto es independientemente de quien
gobernará a Turquía y quien será su presidente, su líder, porque este es
un asunto interno. Nosotros no intervinimos y no cometeremos el error
de decir que Erdogan debe salir del poder o debe quedarse. Esta es una
cuestión turca y el pueblo turco debe decidir en este tema.
Pero
el asunto más importante del propio golpe, es que debemos ver las
medidas y los pasos que tomó Erdogan y su grupo en los últimos días,
cuando comenzaron a atacar al sistema judicial, expulsaron a mas de dos
mil 700 jueces de sus cargos, mas de mil 500 profesores universitarios y
mas de 15 mil empleados de la enseñanza. ¿qué relación tienen las
universidades, los jueces y la sociedad civil con el golpe?
Ello
refleja las malas intenciones de Erdogan, su mal carácter y sus
verdaderos fines respecto a lo ocurrido, y aunque las investigaciones
aún no han terminado. ¿por qué tomó la decisión de deponer a toda esta
gente?
Entonces ha utilizado el golpe para ejecutar su agenda
extremista y que es la misma de la Hermandad Musulmana en suelo turco, y
esto es muy peligroso para Turquía y para los países vecinos, incluida
Siria.
PRENSA LATINA: ¿Cómo valora usted las relaciones de su
Gobierno con la oposición que radica dentro del país? ¿Cuál es la
diferencia entre estos grupos opositores y aquellos radicados en el
extranjero?
PRESIDENTE: Tenemos buenas relaciones con la
oposición dentro de Siria, basadas en los principios nacionales y
obviamente ellos tienen sus propias agendas políticas y doctrinas, y
nosotros tenemos nuestra agenda y doctrina. Podemos dialogar con ellos
directamente o mediante las urnas que es otra forma .
Esta es la
situación en todos los países. Pero no podemos compararlos con aquella
oposición radicada fuera de Siria, puesto que el concepto de oposición
significa utilizar medios pacíficos y no respaldar a los terroristas,
que no se forme fuera del país y que tenga una base popular con los
sirios que viven aquí.
Las bases populares no pueden ser
dirigidas desde las cancillerías en Reino Unido o Francia o los
servicios de inteligencia en Qatar, Arabia Saudita y Estados Unidos.
Esta
no es una oposición como ellos la llaman en este caso, pero nosotros
los tildamos como traidores, la verdadera oposición es aquella que
trabaja para el pueblo sirio, reside en Siria y adopta su agenda de este
pueblo en función de los intereses patrios.
PRENSA LATINA: ¿Cómo
valora la insistencia de Estados Unidos y sus aliados en que usted debe
abandonar el poder, y de la campaña mediática que desatan para manchar
la reputación de su Gobierno en el escenario internacional?
PRESIDENTE:
Con respecto al hecho de que yo abandone el poder, ellos hablan del
asunto desde hace cinco años y nunca le hemos conferido importancia a
sus planteamientos, ni siquiera respondimos con una declaración.
Nunca
le dimos importancia. Este es un asunto sirio y los sirios son los
únicos que pueden decir quién debe venir y quién debe irse, quién debe
permanecer en su cargo y quién debe abandonarlo y Occidente conoce muy
bien nuestra postura al respecto.
Por consiguiente no nos importa
y tampoco perdemos tiempo pensando en lo que dicen. Estoy aquí gracias
al respaldo del pueblo sirio, si no fuera por ello no estaría aquí. Es
muy simple.
Con respecto a manchar la reputación o sus intentos
de satanizar a ciertos presidentes, pues esta es la manera de Estados
Unidos, al menos desde la Segunda Guerra Mundial, desde que ocuparon el
lugar del colonialismo británico en esta región y posiblemente en el
mundo entero.
Desde aquel entonces las administraciones
estadounidenses y los políticos norteamericanos, nunca han dicho una
sola palabra cierta sobre cualquier asunto.
Ellos siempre
mienten. Y con el paso del tiempo, se convierten en expertos en mentir.
Esto es parte de su política. Su intento de satanizarme es similar al de
satanizar al presidente (Vladimir) Putin en los últimos dos años, y de
satanizar al líder cubano Fidel Castro en las últimas cinco décadas.
Esta es su manera de actuar.
Entonces debemos saber que esta es
la forma de actuar de Estados Unidos y ello no nos debe preocupar. El
asunto más importante es tener una buena reputación ante el pueblo, esto
es lo que nos debe preocupar.
PRENSA LATINA: Señor
presidente:¿Cual es su opinión sobre las relaciones de Siria con América
Latina, sobre todo sus históricos nexos con Cuba?
PRESIDENTE: A
pesar de la gran distancia entre Siria y América Latina, nos sorprende
siempre el nivel de conocimiento que posee la gente en esa región, no
tan solo los políticos, sobre esta zona del mundo.
Creo que ello
es debido a varias razones, que una de ellas se materializa en los
aspectos de semejanza histórica y los factores comunes entre Siria y
América Latina.
Los países latinoamericanos sufrieron hace mucho
tiempo la ocupación directa, pero luego la acción de las compañías
norteamericanas, los golpes de estado y la injerencia estadounidense.
Por
los pueblos de esa región saben lo que significa que un país sea
independiente o no. Ellos conciben que la guerra en Siria, gira en torno
a la independencia.
Pero el asunto más importante en esa zona
del mundo es el papel de Cuba, que siempre ha sido la punta de lanza del
movimiento independentista en América Latina, Fidel Castro es símbolo
en este contexto.
Por consiguiente a nivel político y de
conocimiento, podemos decir que hay fuerte coincidencia entre Siria y
América Latina, especialmente con Cuba.
Pero no creo que estamos
haciendo lo suficiente para mejorar los otros aspectos de la relación
para que estén al mismo nivel, básicamente en los sectores de educación y
economía.
Esta era mi ambición antes de la crisis, he visitado a
América Latina: Cuba, Venezuela, Argentina y Brasil para darle más
fuerza a esta relación.
Luego comenzó el conflicto y se ha convertido en un gran obstáculo ante cualquier acción en este marco.
Aún
así, creo que nuestras relaciones no deben limitarse a los aspectos
histórico y político. Esto es insuficiente. Existen varios sectores y
los habitantes de ambas regiones deben conocerse más. La distancia
podría constituir un obstáculo, pero la situación no debe ser así, pues
tenemos fuertes relaciones con el resto del mundo, al este y al oeste.
Por
ello la distancia ya no constituye un obstáculo en este tiempo. Creo
que si logramos superar la crisis y esta guerra, entonces debemos
trabajar con más fuerza para revivir los diferentes aspectos de esta
relación con América Latina, sobre todo con Cuba.
PRENSA LATINA:
Señor presidente, ¿cuáles son sus expectativas, qué opina del actual
proceso electoral en Estados Unidos, especialmente los comicios
presidenciales? ¿Cómo cree usted que su resultado puede influir en la
guerra en Siria?
PRESIDENTE: Hemos reanudado las relaciones con
Estados Unidos en el año 1974, hace 42 años. Desde aquel entonces hemos
conocido varios mandatarios estadounidenses en diferentes casos.
La
lección que hemos aprendido es que nadie debe apostar por cualquier
presidente estadounidense. Este es el asunto más importante. Entonces la
cuestión no tiene que ver con el nombre.
Ellos tienen
instituciones y poseen sus propias agendas y cada presidente viene para
ejecutarla a su manera. Pero en definitiva, debe cumplirla. Todos tienen
agendas militares y la única diferencia radica en la forma de
cumplirlas.
Uno despliega su ejército, como hizo Bush, y otros
envían a sus mercenarios y agentes, como Obama. Pero todos deben cumplir
esta agenda.
No creo que en Estados Unidos le permitan al jefe
de la Casa Blanca cumplir con sus convicciones políticas. Debe someterse
a las instituciones y a los grupos de presión. Estos grupos no han
cambiado y tampoco los planes de las instituciones y por consiguiente,
no habrá en el futuro próximo, un presidente que pueda provocar un
cambio serio y radical en la política de Estados Unidos.
PRENSA
LATINA: ¿Cuál es el mensaje que quiere hacer llegar mediante esta
entrevista con Prensa Latina a los gobiernos y pueblos de América Latina
y del Caribe, incluso al pueblo norteamericano, sobre la importancia
del respaldo a la lucha de Siria contra el terrorismo?
PRESIDENTE:
América Latina es un ejemplo bueno e importante para el mundo sobre
cómo los pueblos y los gobiernos lograron recuperar su independencia. La
región constituye el patio trasero de Estados Unidos, pero Washington
la ha utilizado para ensayar sus maniobras y ejecutar su propia agenda.
Los
pueblos de América Latina se han sacrificado mucho para logar su
independencia, y después que la recuperaron se convirtieron de países en
vías de desarrollo o incluso desarrollados.
Entonces, la
independencia es algo muy importante y muy querido para todo ciudadano
en América Latina. Creemos que deben preservarla, porque Estados Unidos
no dejará de trabajar para derrocar a todo gobierno independiente que
represente a las grandes mayorías en cada país de esa región.
Cuba
conoce esto muy bien, y sabe de lo que estoy hablando, más que
cualquier otro país del mundo. Ustedes han sufrido más que cualquier
otro país de América Latina los intentos de Estados Unidos, y han tenido
éxito en hacer frente a todos estos intentos a lo largo de más de
cincuenta años, solo porque su gobierno representa al pueblo cubano.
Y
por ello, aferrarse con fuerza a esta independencia, es un asunto de
vital importancia a mi juicio, para el futuro de América Latina.
Con
respecto a Siria, podemos decir que está pagando el precio de su
independencia, porque en ningún momento hemos actuado en contra de
Estados Unidos, Francia o Reino Unido.
Siempre tratamos construir
buenas relaciones con Occidente. Pero su problema es que ellos no
aceptan a ningún país independiente, y creo que esto es lo que ocurre
con Cuba también.
Ustedes nunca intentaron dañar o perjudicar al
pueblo norteamericano, sin embargo ellos no los aceptan como un país
independiente. El mismo caso se aplica en los demás países de América
Latina, y por esta razón siempre ha habido golpes en sus países, sobre
todo en la época de los años sesentas y los setentas.
Y por ello
creo que preservar la autodeterminación de un país, no constituye un
caso aislado. Si quiero ser independiente, debo apoyar la independencia
en todo el mundo, porque si actúo solo, entonces seré débil.
El
respaldo a Siria, será principalmente en los foros internacionales.
Existen muchas organizaciones, especialmente Naciones Unidas, a pesar de
su incapacidad, pero en definitiva, el respaldo de estas entidades
puede desempeñar un papel activo en el apoyo a Siria.
Existe
naturalmente el Consejo de Seguridad y su postura depende de los
miembros no permanentes en este órgano. El respaldo de cualquier otra
organización a Siria, también será importante.
PRENSA LATINA:
Señor presidente, conocemos que usted es una persona muy ocupada y por
ello Prensa Latina valora muy en alto el tiempo que nos ha concedido
para esta entrevista en estos precisos momentos. Deseamos tener en el
futuro este tipo de intercambio con usted. Muchas Gracias.
PRESIDENTE: Serán bienvenidos en cualquier momento.
Hisham W., Fady M.
http://sana.sy/es/?p=47492